
Se apaixonar por pimenta é uma ótima maneira de satisfazer as exigências do paladar e despertar os seus sentidos para a profundidade e complexidade dessa especiaria nativa do Sudoeste asiático, que ajudou a moldar o mapa mundi e a história humana.
Se você nunca experimentou uma pimenta pura,
somente aquelas misturadas ou feculadas que são vendidas em pó nos supermercados, você
ainda não conhece pimenta de verdade.
Da branca à preta e da verde à rosa, as pimentas podem fazer mais diferença do que você imagina.
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Drupas da pimenteira |
Pimentas para iniciantes
A pimenta ou pimenta-do-reino como conhecemos aqui
no Brasil, nasce nas drupas em uma trepadeira chamada Pipper nigrun, cujas bagas se transformam nos grãos de pimenta.
Dependendo da região e do tipo de produto final que
se deseja, as bagas são colhidas à mão, submetidas a diferentes graduações de
calor e umidade para promover a fermentação. Depois são secas por vários dias
ao sol ou em secadoras industriais.
E assim o grão de pimenta fica pronto para ser envasado em salmoura ou para ser comercializado inteiro.
E assim o grão de pimenta fica pronto para ser envasado em salmoura ou para ser comercializado inteiro.
O valor da especiaria
Para a maioria das pessoas, comprar pimenta moída
no supermercado não é inacessível, hoje em dia. Mas no passado, os grãos de
pimenta valiam muito e foram usados até como moeda de troca em diferentes
momentos da história.
Quando os Godos cercaram Roma, em 408 D.C., pediram
um resgate de 2,5 toneladas de pimenta do reino. Até hoje, o termo “peppercorn rent” é usado na Inglaterra.
Esse termo significa um valor antecipado que se paga para “segurar o negócio”
antes de fecha-lo. Isso veio da Idade Média, quando era comum pagar o aluguel
com grãos de pimenta.
Escolha a sua pimenta



As pimentas verdes são colhidas quando as drupas
ainda estão muito verdes, o que lhes confere um sabor muito mais suave.
Em contraste, as pimentas brancas são colhidas
quando estão totalmente amadurecidas na pimenteira. Depois
de colhidas passam por um tratamento de longo período de imersão, aquecimento e
fricção, para remover suas camadas exteriores. Consistem em grãos de cor creme,
sabor pungente e terroso.
Se você olhar detalhadamente um mix de pimentas
inteiras, dessas que sempre estão disponíveis nas mesas de restaurantes, para você para moer sobre os
pratos, vai observar que a pimenta rosa não é como a branca e a preta.
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Pimenta Rosa |
Se você observar nas ruas, principalmente do Sul e Sudeste do Brasil, vai encontrar muita pimenta rosa nas árvores de aroeira, para a alegria de muitos pássaros.
Da mesma forma, a pimenta Szechuan, que é obtida
das sementes de uma espécie asiática muito comum, que dá um sabor de limão,
meio picante aos alimentos, mas não oferece a pungência e o calor de um
verdadeiro grão de pimenta.
Como usar cada tipo pimenta
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Pimenta Branca |
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Pimenta Verde |
Pimenta
branca – Use para adicionar sabor em patês, molhos e outros alimentos quando
você não deseja que fiquem visíveis os pedaços da pimenta preta. A Pimenta
branca também é usada em biscoito, pães e outros produtos cozidos.
Pimenta
verde – Use para molhos de pimenta, salmouras e em receitas francesas que requeiram
“pouvre vert”. Use para adicionar um
sabor suave a sopas e molhos chineses e tailandeses.
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Pimenta Preta |
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Pimenta Rosa |
Pimenta preta – Realça o
sabor da maior parte dos alimentos. Para melhores resultados, moa ou triture a
pimenta preta inteira num almofariz, pilão ou moinho de pimenta no momento em
que for usar.
Mix de Pimentas - Use como tempero de uso geral. Sua maior vantagem é proporcionar uma mistura de sabores diferentes e levar cores aos pratos.
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Mix de Pimentas |
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Pimenta Szechuan |
Pimenta Szechuan - Alcança melhor sabor quando é levemente tostada antes de triturar. Excelente com peixes, aves e bovinos, especialmente em receitas chinesas de Szechuan.
Ozana Herrera
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