O que faz um alimento ser caracterizado como “super” é ser rico em nutrientes e possuir poucas calorias. Outra característica, é
ser natural, colhido de uma planta viva e não criado em laboratório ou geneticamente modificado. Mas, o
que faz mesmo um alimento simples ser “super”, é ter um amplo e complexo perfil de
nutrientes e estes serem sinérgicos, ou seja, complementarem-se uns aos outros.
Curiosamente, os nativos a América do Sul utilizam
a Chia há séculos. Na verdade, a palavra “Chia” significa “força” em Maia antigo.
Essas sementes eram apreciadas durante os tempos de fome e levadas pelos
soldados quando viajavam longas distâncias, por suas poderosas capacidades
nutricionais. As sementes de Chia eram tão valorizadas por esses povos, que
foram usadas como moeda de troca. Hoje, essa pequena semente é considerada um
alimento riquíssimo, que além de incluir cerca de 30% de proteínas, proporciona uma abundância de vitaminas A, B, D, E e K. Elas também contêm ácido alfa-linolênico e linoleico, ácidos graxos essenciais que o nosso organismo não pode fabricar por conta própria. Em termos de outros nutrientes e minerais, a lista é longa: cálcio, cobre, iodo, ferro, magnésio, manganês, niacina, fósforo, potássio, silício, sódio, enxofre, tiamina e zinco. As sementes de chia também são a fonte mais rica em ômega-3 vegetal disponível no planeta.
As sementes de linho, também conhecidas como
linhaça, foram uma das primeiras sementes cultivadas no mundo. Evidências que
datam de 3000 a.C., indicam que foram amplamente cultivadas pelos antigos egípcios.
O rei Carlos Magno, o primeiro imperador do Sacro Império Romano, naquela época
já considerava a linhaça como um superalimento. Por isso, ordenou aos seus
súditos consumi-la regularmente para garantir uma boa saúde pública.
A ciência moderna confirma que a semente de linho é
uma importante fonte de proteínas, fibras solúveis e insolúveis, ácidos graxos
ômega-3, antioxidantes, minerais essenciais e vitaminas. A linhaça também é abundante em uma classe de compostos chamadas lignanas, que são potentes antioxidantes com propriedades fitoestrogênicas. Embora as sementes de
linhaça tenham um sabor delicioso de nozes, é necessário que elas sejam moídas
para se obter um maior teor de fibras e melhor absorção de nutrientes.
Também conhecida como wolfberry, a goji berry é o
fruto de um arbusto asiático da família dassolanáceas, o que a torna parente
do tomate, batata e berinjela.
Seus frutos secos se assemelham a passas, mas são
de cor vermelha e têm um sabor ligeiramente ácido e azedo.
As bagas da goji são comumente usadas na culinária
asiática como um condimento e aditivo de nutrientes para sopas, ensopados,
mingau de arroz. Em outros cantos do mundo, suas bagas coloridas são
adicionadas a smoothies, cereais matinais, chás ou vinhos funcionais e xaropes.
Segundo uma lenda chinesa, um fitoterapeuta chamado
Li Qing Yuen, viveu até os 256 anos de idade graças ao consumo regular de goji.
Embora a veracidade dessa história possa ser questionável, as qualidades
conhecidas das goji berries como um superalimento são inúmeras, tais como,
possuir vários fitoesteróis e carotenoides, 11 ácidos graxos essenciais e 22
minerais.
Tenha uma longa vida, feliz e saudável!
Ozana Herrera