domingo, 24 de setembro de 2017

Temperos Medicinais: A gênese

Milênios atrás, quando nossos ancestrais vagavam pelos continentes, foram forçados a se adaptar a uma ampla gama de condições, principalmente ambientais e climáticas. 

Conforme a geografia e o clima do seu habitat variavam as ofertas de alimentos disponíveis para consumo também se alternavam. Cada bioma particular era povoado por vários tipos diferentes de plantas e animais.

Nômades caçadores e coletores
Nessa época, os nossos antepassados nômades viviam sua difícil existência como caçadores e coletores.

Por força da fome e da escassez, cobriam grandes distâncias e cruzavam muitos biomas em busca de alimentos.

Por conta disso, ao longo das eras, antes da formação das sociedades agrárias, a maioria dos humanos consumiam uma grande variedade de espécies vegetais. 

Algumas dessas plantas, certamente foram aquelas selecionadas para serem cultivadas quando se constituíram as sociedades agrárias, pois continham a base de macro e micronutrientes necessários para a sobrevivência, tais como os hidratos de carbono, gorduras, proteínas, vitaminas e minerais essenciais.

Muitas das plantas pungentes consumidas, principalmente aquelas com sabores e aromas fortes e ricamente coloridas, também continham uma série de compostos não nutritivos que ajudavam a combater as infecções, melhoravam os processos fisiológicos e homeostáticos de seus corpos e impediam o aparecimento de doenças crônicas.

Sociedades agrárias
Hoje sabemos que os sabores picantes, cheiros fortes e cores brilhantes, característicos de muitas especiarias, são uma marca registrada dos importantes fitoquímicos que essas plantas carregam.

Esses compostos fornecem uma ampla gama de benefícios de saúde para plantas, animais e humanos. As plantas usam essas características para se protegerem dos ataques de insetos, fungos, vírus e outras ameaças do ambiente, enquanto os efeitos nos animais e humanos são de prevenção de infecções, infestações de parasitas e combate de uma série de outras condições patológicas.

A resiliência que caracteriza muitas dessas espécies é impressionante. Durante os períodos de fome, epidemias e seca, essas são muitas vezes, as últimas plantas comestíveis que sobrevivem. Muitas delas têm sabores extremamente fortes e são muito desagradáveis de se comer. Entretanto, para os nossos antepassados, a escolha era um luxo e na ausência de alternativas mais saborosas, comer essas plantas era frequentemente a única forma de saciar a fome.

Como a natureza é sábia e a capacidade adaptativa inerente ao homem, essa dificuldade resultou em uma involuntária, porém importante forma de automedicação.

Os benefícios de saúde trazidos pela grande variedade de fitoquimicos protetores que essas plantas continham, foram amplificados pela ampla gama de espécies diferentes que esses povos nômades consumiam, quando migravam de uma região para outra. Entretanto, quando as comunidades agrárias começaram a se formar, a variedade de espécies diminuiu e eles se tornaram dependentes de uma pequena seleção de culturas cultivadas e uma variedade limitada de plantas comestíveis que habitavam os seus entornos.

As ervas e especiarias, muitas das quais possuem poderosas propriedades antimicrobianas e anti-inflamatórias, foram inestimáveis para essas sociedades primitivas. Hoje é sabido que infecções e inflamações tem associação direta com uma grande variedade de doenças crônicas. Antes do advento das estratégias preventivas que temos hoje, nossos antepassados tiveram que confiar em seu ambiente natural para fornecer proteção e tratamento para as infecções. O ato de mastigar regularmente plantas com cascas e polpas fibrosas poderia ser uma forma natural de limpar os espaços entre os dentes e remover a placa bacteriana, prevenindo as infecções orais.

Algumas ervas e especiarias são potentes microbicidas e antissépticos alguns deles, como o hortelã, a canela e o gengibre, são exemplos de plantas regularmente mastigadas pelos nossos ancestrais, que ajudavam a reduzir a halitose, afastar as dores da fome, reduzir as infecções, oferecer proteção contra vermes e parasitas intestinais e também prevenir inúmeras doenças degenerativas que afligem o homem moderno.

Muitas dessas ervas e especiarias também contribuíram para melhorar a resistência física e agilidade mental. Os nossos antepassados que tiveram acesso a esses alimentos "adaptogenicos" provavelmente foram mais fortes, menos propensos às doenças, melhores caçadores e guerreiros, seus descendentes mais saudáveis, e suas comunidades tiveram taxas de sobrevivência mais altas do que as das comunidades que não tiveram acesso.

Para essas sociedades primitivas, que lutavam bravamente para manter a vida em condições ambientais implacáveis, lutando muitas vezes contra predadores cruéis ou tribos inimigas, as ervas e especiarias foram certamente um fator determinante do sucesso e do crescimento da população em um mundo onde a sobrevivência do mais apto era uma realidade.

Sabores primitivos
Um fator importante que influenciava a palatabilidade das ervas e especiarias aos nossos antepassados ​​eram as intensidades de sabores que existiam entre os diferentes alimentos. Os sabores e aromas da maioria das espécies de frutas, legumes, tubérculos, castanhas e outras plantas consumidas pelas sociedades iniciais eram mais intensas e saborosas do que essas que consumimos hoje em dia.

Na verdade, a maior parte das variedades modernas de hortaliças, legumes, frutas e outras plantas que consumimos atualmente, tem pouca semelhança com as variedades que existiam há milhares de anos: os atuais sabores amargos, azedos e adstringentes que caracterizaram frutas como maçãs, melões, peras e muitos outros foram criados por melhoramento genético ou reprodução seletiva. 

Técnicas que foram “aprimorando” as plantas de forma a priorizar uma qualidade desejada. O emprego dessas técnicas aumentou o teor de açúcar desses frutos e reduziu a quantidade de produtos químicos pungentes que as plantas produziam como defesas contra os ataques de micróbios e insetos. Em outras palavras, nossos antepassados ​​estavam muito mais acostumados a comer frutas e legumes que tinham menos açúcar, mas sabores mais picantes do que muitos dos que estão disponíveis atualmente.

À medida que as tribos de caçadores e coletores foram deixando de ser nômades e passaram a viver em sociedades agrárias, o consumo de ervas e especiarias começou a mudar. 

Com o cultivo e técnicas de armazenamento de alimentos para uso em tempos de escassez, as comunidades eram menos obrigadas a comer alimentos intragáveis como seu último recurso, como os nômades necessitavam. 

Em vez disso, as especiarias tornaram-se apreciadas por seus aromas e sabores e usados para acrescentar sabor à dieta monótona, baseadas em poucas culturas cultivadas. Não demorou para que os cozinheiros incorporassem as ervas e especiarias em receitas que se tornariam os pratos tradicionais da emergente culinária mundial.

As ervas e especiarias também foram utilizadas para melhorar a palatabilidade de proteínas animais importantes, mas insipidas ou intragáveis, como por exemplo o scargot, um caracol que por milhares de anos foi uma fonte de proteínas valiosa para aqueles que não conseguiam obter carnes mais saborosas ou peixes. Com a adição de um pouco de alho, o scargot se transformou numa iguaria gourmet, que resistiu ao tempo e até hoje é uma elegante experiência gastronômica.

Atração pelas cores
As ervas e especiarias não eram apreciadas apenas por seus sabores e aromas valiosos. Muitos se tornaram corantes alimentares usados para melhorar a aparência dos pratos e torna-los mais atrativos. Na natureza, aparência e sabor andam juntos, somos naturalmente atraídos por alimentos coloridos. 

A maior parte das frutas, tem cores profundas e brilhantes: as frutas cítricas (laranja), ameixas e uvas (roxas), maçãs (vermelho brilhante), bananas (amarelo brilhante), e assim por diante.

Os humanos e outros animais são atraídos primeiramente pela cor e depois pelo aroma, para finalmente serem recompensados pelo sabor, para depois devolverem o favor à planta, espalhando suas sementes para perpetuação da espécie. 

Lindo isso, a gratidão é o que move a natureza.

A culinária tradicional mediterrânea e oriental, incluem especiarias muito coloridas nos seus preparos, como o açafrão, a cúrcuma e a páprica ou ervas frescas de folhas verdes como o manjericão, salsa, hortelã ou tomilho. Nas plantas, as cores ricas e brilhantes, sabores fortes, aromas intensos, são muitas vezes produzidos por poderosos protetores fitoquímicos, como flavonóides, polifenóis e carotenóides, que, quando consumidos regularmente e em quantidades suficientes, fornecem uma ampla gama de benefícios para a saúde.

Conservação, uma prioridade.
Nas sociedades estabelecidas, armazenar colheitas ou preservar a proteína animal para consumo futuro, passou a ser uma prioridade. E mais uma vez as ervas e especiarias entram em cena para ajudar a garantir a segurança alimentar. Elas desempenhavam o importante papel de agente conservante e repelente de insetos para os alimentos armazenados.

Para garantir um fornecimento constante de alimentos e mantê-los preservados para alimentar populações cada vez maiores, foram necessárias outras estratégias.

A secagem foi uma solução e o resfriamento dos alimentos uma alternativa para as comunidades que habitavam latitudes mais altas. No entanto, inviáveis para aqueles que viviam em regiões tropicais, com climas mais quentes e úmidos.

Então o homem foi forçado a ser mais inovador em suas técnicas de armazenamento e descobriu a preservação química, sob a forma de sal e especiarias. Como o sal não estava disponível em todas as regiões, muitas vezes era necessário transporta-lo por longas distancias, dessa forma, as ervas e especiarias muitas vezes, consistiam na única opção.

A ciência já confirmou que muitas plantas culinárias, tipicamente usadas em países mais quentes, possuem fortes propriedades microbianas que ajudam na conservação das carnes ou, quando usadas no cozimento, podem matar micróbios ou neutralizar toxinas de um alimento contaminado. Os mais potentes efeitos antimicrobianos podem ser encontrados no alho, cebola, pimenta da Jamaica, orégano, seguidos do tomilho, canela, estragão, cominho e plantas do gênero capsicum (pimentas e pimentões). A pimenta do reino é um microbicida menos potente, como o gengibre,  erva doce, sementes de aipo e os cítricos (limões, laranjas, etc).

Muitos dos fitoquímicos que protegem as plantas contra insetos e ataques microbianos, são os mesmos produtos que protegem nossos corpos das doenças degenerativas e ajudam a retardar o processo de envelhecimento.

Distribuição geográfica
Curiosamente as ervas e especiarias são mais consumidas em maior variedade em países quentes e úmidos do que em climas mais frios.

Uma justificativa é a maior biodiversidade encontrada em climas quentes e úmidos, e nossos ancestrais que habitavam essas regiões as incorporaram às suas culinárias.

Atualmente a Índia e a Tailândia são os maiores produtores e consumidores de ervas e especiarias, seguidos pelos países mediterrâneos. A fria Escandinávia é o país que consome menos.

A importância do consumo de ervas e especiarias para ajudar a prevenir doenças crônicas e degenerativas tem correlação com os diferentes níveis de utilização desses produtos nas diferentes zonas climáticas. Os países de clima frio, com baixo consumo de ervas e especiarias são também os países mais desenvolvidos e tendem a ter incidências maiores de doenças crônico degenerativas, como Alzheimer, aterosclerose, câncer e diabetes, quando comparados com as populações de países mais quentes.

Essa diferença é significativa mesmo considerando outros fatores dietéticos e de estilo de vida, como alimentação básica, tabagismo, consumismo, meio ambiente, poluição, qualidade de serviços médicos, etc.

Temperos sintéticos
Até há bem pouco tempo, as especiarias desempenhavam um papel importante na culinária e na cura. Se alguém pegava uma gripe, um chá de canela com gengibre e mel era a solução. Os deliciosos doces caseiros sempre incluíam cravo ou canela. Nossas avós sempre mantinham um canteiro com ervas frescas usadas para cozinhar. Salsa, cebolinha, coentro, alecrim, hortelã, manjericão, erva doce, capim limão, pimentas de todo tipo. A minha avó tinha até um pé de urucum e mantinha réstias de cebola e alho frescos, pendurados na sua cozinha.


Infelizmente, de uma geração para outra, esse costume se perdeu e com ele o paladar das novas gerações para esse tipo de alimento.

Como nós gostamos somente do que estamos acostumados, a saudável culinária caseira cedeu seu lugar aos alimentos industrializados, altamente processados, artificialmente coloridos e nutricionalmente pobres.

O sal e o açúcar, tornaram-se mais baratos e onipresentes em todos alimentos processados. Desde muito jovem, nossos paladares se acostumaram com esses altos conteúdos de sal e açúcar, o que inibe a apreciação de outros sabores. Os usos extensivos de corantes baratos, com sabores artificiais pela indústria, aumentaram drasticamente o gosto e o apelo visual dos alimentos.

Para piorar mais esse quadro, inventaram o sintético “quinto sabor”, que tem muitos nomes, mas o mais comum é glutamato monossódico e os edulcorantes, adoçantes artificiais que enganam o nosso cérebro, conhecidos por excitoxinas e que são precursores de muitas doenças crônico degenerativas que nos afligem.

Boa comida, boa saúde
Quando deixamos de incluir as ervas e especiarias nas nossas dietas, passamos a privar nossos corpos de importantes fitoquímicos, que desde os tempos imemoriais foram usados pelos nossos mecanismos fisiológicos e homeostáticos para nos fornecer proteção contra inúmeras doenças.

Felizmente agora, a ciência começou a entender o quanto o consumo regular de ervas e especiarias são valiosos para nossa saúde e bem estar.

Inúmeros estudos mostram que a canela possui efeitos antidiabéticos, o manjericão tem ação antiviral, a cúrcuma, potentes efeitos contra a doença de Alzheimer, o alecrim, ação cardio protetora e muitas outras ervas e especiarias possuem propriedades que promovem a saúde e previnem doenças.

Conforme mostra a história e as evidencias da ciência atual, nós precisamos consumir uma variedade de ervas e especiarias diariamente, para nos sentirmos melhor, para pensarmos melhor, para envelhecermos mais devagar e para ajudar o nosso corpo a resistir aos ataques das doenças cardiovasculares, câncer, diabetes, Alzheimer e outras doenças crônico degenerativas que tem sido um dos atuais flagelos da humanidade.

Pensando no bem maior de todos, que é a saúde, criamos a Cuesta Sabores. Oferecemos produtos saudáveis, visando a saúde o bem estar das pessoas. Em especial, uma linha de temperos, inspirados nas principais culinárias do mundo, totalmente naturais, sem adição de sal, conservantes, corantes, glutamato monossódico ou qualquer química. Somente as mais puras ervas e especiarias, combinadas sinergicamente para oferecer o melhor que elas podem oferecer em termos de sabor, aroma, cor e nutrientes.

Visite nossa loja e confira! www.cuestagourmet.com.br.

Tenha uma longa e saudável vida!

Ozana Herrera





domingo, 10 de setembro de 2017

Ansiedade: Controle Natural.


Você anda triste, chateado, preocupado com dinheiro, saúde, trabalho, família, amigos, amor ou outros desafios urgentes da vida? Tem se sentido frustrado e busca desesperadamente uma maneira de relaxar e não consegue? Sente geralmente que seu coração está acelerado, às vezes dá impressão que vai saltar do peito? Sua respiração é superficial e é tão rápida, que você tem medo de engasgar quando toma água ou come? Sua mente fica o tempo todo imaginando que algo terrível vai acontecer e que você não pode impedir? Sofre de dores de cabeça ou enxaqueca? Se sente tonto, atordoado ou enjoado? Seus pensamentos parecem estar envoltos numa névoa, que causam confusão mental e falta de clareza? Está tendo dificuldades para dormir ou sofrendo de transtornos de sono, acorda em horários absurdos e fica reverberando ou remoendo problemas sem importância?

Lamento informar, você pode estar sofrendo de estresse ou transtornos de ansiedade.

Os transtornos de ansiedade são considerados uma das doenças mais comuns em todo planeta. Uma em cada 13 pessoas no mundo padecem com algum tipo de transtorno de ansiedade. As mulheres são duas vezes mais propensas a serem afetadas do que os homens.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde – WHO, 2016), o Brasil é o 4º país com mais ansiosos no mundo e também é o 5º país com mais deprimidos e dependentes de álcool e drogas.

Ao contrário de algumas teorias antigas, que acreditavam que somente pessoas do Ocidente ficavam deprimidas, um estudo realizado em 91 países, financiado pela Fundação Bill & Melinda Gates, desmascaram essa teoria. A depressão e a ansiedade são encontradas em todas as sociedades do mundo.
  
A Psiquiatria atribui seis classificações para os transtornos de ansiedade: Transtorno de ansiedade generalizada (TAG), Transtorno de Pânico, Transtorno obsessivo compulsivo (TOC), Fobia, Transtorno de Ansiedade Social e Transtorno de Estresse pós-traumático.

Além dessas seis categorias, acredito que existam muitas outras expressões e nuances de estados de ansiedade, não inclusos nessas descrições.

Psicoterapia e terapia medicamentosa, prescrita por psiquiatras são os tratamentos convencionais indicados, na busca de reduzir os sintomas dessa terrível doença. O objetivo é reeducar o cérebro e devolver a qualidade de vida à pessoa ansiosa. A medicina tradicional utiliza vários tipos de drogas para tratar ansiedade, como ansiolíticos, benzodiazepinicos e antidepressivos.

Serotonina
Substâncias químicas, denominadas neurotransmissores, são responsáveis pelo transporte de sinais de uma célula nervosa para outra. Se neurotransmissores suficientes não são liberados pela primeira célula, a mensagem não será passada e isso se torna um fator importante para causar uma pane no sistema.

Acredita-se que os transtornos de ansiedade e a depressão tenham origem no desequilíbrio na oferta de algumas dessas neurosubstâncias, responsáveis por induzir o humor e as sensações. Como por exemplo, a noradrenalina e serotonina, neurotransmissores que são responsáveis pela sensação de bem-estar, regulação do humor e da ansiedade, e a dopamina, fundamental para o controle do foco e concentração.

Os neurônios liberaram essas substâncias, que tem seu tempo de vida determinado no cérebro e após esse período, degradam num processo denominado “recaptação”. Nos estados de ansiedade, o sistema se descontrola e acelera a degradação, fazendo com que a quantidade ofertada pelos neurônios seja incapaz de suprir a demanda. Os medicamentos agem bloqueando a “recaptação” desses neurotransmissores, com a intenção de manter no cérebro uma maior quantidade deles e aumentar seu período de ação. Essas drogas tem a intenção de educar o organismo a liberar neurotransmissores em quantidades adequadas e manter as taxas de excitação dentro da normalidade.

Todos esses medicamentos possuem desagradáveis reações adversas. Por exemplo, os efeitos colaterais dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina incluem: constipação, perda de apetite, boca seca, dores de cabeça, diarreia, suores, insônia e náusea.

Outro problema é a chamada “síndrome de descontinuação”, os horríveis sintomas de abstinência que são experimentados quando o consumo dessas drogas é interrompido, como por exemplo, suores, tonturas, ansiedade, sensação de dormência ou formigamento no corpo, dores de cabeça, distúrbios do sono, náuseas e vômitos.

Muitas pessoas que convivem com distúrbios de ansiedade completos ou estão passando por uma situação de vida que as levaram a esse estado, muitas vezes optam por não experimentar os tratamentos químicos convencionais.

Em muitos casos, a abordagem holística focada em alterações comportamentais mentais, corporais e de estilo de vida, direcionados para melhorar a saúde geral e o bem-estar, oferecem bons resultados. Existem muitos remédios seguros para a ansiedade para se tentar, como as técnicas de mente-corpo, suplementos, chás calmantes, seguidos de uma dieta saudável e adicionando ervas naturais com benefícios medicinais na alimentação.

As terapias alternativas podem ser úteis na redução da ansiedade, mas leva algum tempo antes de apresentar resultados. Nos casos de ataques de pânico ou outros sintomas graves de ansiedade, a terapia alternativa sozinha provavelmente não será suficiente. Muitas vezes funcionam melhor quando usadas juntamente com o tratamento tradicional, como medicamentos e psicoterapia. É sempre prudente consultar um médico antes de iniciar um programa de tratamento alternativo.

Aqui estão alguns tratamentos alternativos que podem ajudar com a ansiedade:

Cafeína
Limite a ingestão de cafeína. Muitas vezes uma xícara de café pode ajudar a sair da cama de manhã, mas, mais do que isso, pode aumentar o nervosismo e diminuir a capacidade de lidar com a ansiedade. A cafeína faz com que o corpo aja como se estivesse sob estresse, acelera os batimentos cardíacos e eleva a pressão arterial. Isso pode levar a um ataque de pânico.

Álcool e nicotina
Evite consumir bebidas alcoólicas e nicotina. Muitos usam essas substâncias para aliviar os sintomas da ansiedade. Isso é uma ilusão, o alívio é apenas temporário. O consumo de álcool e nicotina pode piorar os sintomas de ansiedade e torna-los mais frequentes.

Dieta balanceada
É importante manter uma dieta equilibrada, independentemente de estar com ansiedade ou não. Tente comer uma grande variedade de alimentos frescos e integrais todos os dias. Comer alimentos saudáveis faz com que nos sintamos melhor. Evite os alimentos processados ou o fast food e limite também a ingestão de doces. Comer alimentos insalubres adiciona estresse ao corpo. Isso nos deixa incapacitados para lidar com os outros estresses da vida.

Dieta anti-ansiedade


Dieta anti-ansiedade
A chave de uma dieta para abaixar os níveis de ansiedade é evitar alimentos que possam contribuir para piorar seus sintomas. Considere eliminar os alimentos comuns que são conhecidos por aumentar os níveis de estresse do corpo:

  Os alimentos fritos são difíceis de digerir, não são nutritivos e contribuem para problemas cardíacos.
   O álcool desidrata o organismo e pode prejudicar o equilíbrio hormonal.
  O café contém cafeína. Quando consumido em grandes quantidades, a cafeína pode desencadear ansiedade e as sensações de um ataque de pânico, como por exemplo, o batimento cardíaco acelerado.
   Os produtos lácteos podem aumentar os níveis de adrenalina quando consumidos em excesso. Isso pode contribuir para aumentar a ansiedade.
   O excesso de açúcar refinado pode desencadear sintomas de ansiedade e ataques de pânico.
  Alimentos como iogurte, picles, creme azedo, vinho e fígado, podem diminuir os níveis de magnésio do organismo, o que pode desencadear sintomas de ansiedade.

Hidratação
Beba mais água. Setenta por cento do nosso peso corporal é composto por água. A água é o componente essencial para manter corpo e mente saudáveis, e muitas vezes não oferecemos o suficiente para o nosso organismo. Beber de oito a onze grandes copos de água ou outros líquidos hidratantes por dia, ajuda o organismo a funcionar corretamente. E isso pode ajudar a aliviar o estresse.

Exercícios físicos
Fazer exercícios regulares é imprescindível para aliviar o estresse. O exercício cardiovascular ajuda a diminuir os níveis de estresse e ansiedade e melhora o sistema imunológico. Exercício cardiovascular significa manter a frequência cardíaca mais acelerada, por pelo menos 30 minutos por dia. Uma boa caminhada pode oferecer isso. Desenvolver uma rotina de exercícios regulares ajuda a ter  mais controle sobre a saúde, o que também pode ajudar a reduzir a ansiedade.

Sono
Durma bastante. A falta de sono aumenta a frequência de pensamentos negativos e coloca um estresse extra no cérebro e no corpo. Procure ter pelo menos de sete a nove horas de sono de qualidade todas as noites. Se tiver problemas para dormir, ajuste uma rotina de sono natural:

    Durma e acorde no mesmo horário todos os dias
    Tire sonecas de 15 a 20 minutos no início da tarde, se for necessário.
    Exponha-se à luz solar matinal, passe mais tempo exposto à luz natural durante o dia.
    Evite telas brilhantes (TV, notebook, celular) de uma a duas horas antes de dormir.
    Assegure-se de que o quarto esteja completamente escuro e fresco.
    Exercite-se e alongue-se regularmente.

Massagem
Os músculos podem ficar tensos devido ao estresse. As terapias de massagem ajudam a aliviar a tensão muscular e direcionam o fluxo sanguíneo para áreas-chave do corpo, e liberam o estresse e a ansiedade.

Meditação
Aproveitar o tempo para limpar a cabeça pode fazer maravilhas. A meditação não altera o mundo ao seu redor, mas pode mudar a maneira como você responde a ele. A meditação bem sucedida ajuda a entender melhor a origem da ansiedade e possivelmente mostra os caminhos de como superá-la. A meditação relaxa o corpo e pode ajudar no tratamento de fobias e transtorno de pânico. Uma maneira de meditar é sentar-se quieto em um lugar calmo e não concentrar-se em nada além da tarefa de respirar profundamente. Quando outro pensamento tentar entrar em sua mente, reconheça-o e, em seguida, mande-o embora.

Técnicas de Respiração
As técnicas de respiração ajudam a aprender a controlar a respiração, e com isso impedir a hiperventilação durante uma crise de ansiedade. Isso ajuda a manter a calma. Sente-se com as costas retas. Então, respire profundamente, inalando pelo nariz, inflando o abdômen.  Encha ao máximo os pulmões. Isso ajuda a captar mais oxigênio para o cérebro e todo corpo, permitindo controlar a falta de ar e a ansiedade em menos tempo. Quando os pulmões estiverem cheios, expire lentamente pela boca. Repita quantas vezes for necessário.

Ioga
Saudação ao Sol
Exercício matinal para ativar todos os chacras
A prática de ioga combina técnicas de respiração, meditação e alongamento através de posturas móveis e estacionárias. De acordo com a Associação de Ansiedade e Depressão da América (ADAA), a ioga é uma das 10 principais práticas alternativas utilizadas para tratar uma variedade de distúrbios, incluindo ansiedade e depressão. Quando praticada regularmente, é mais fácil alcançar o sentimento de descontração que a ioga oferece na nossa vida diária. Se você é iniciante, busque fazer aulas de ioga em grupo ou particulares, para aprender corretamente as posturas e evitar lesões.

Acupuntura
Na medicina tradicional chinesa, a acupuntura também funciona como um tratamento para ansiedade, depressão e outras condições de saúde. Numa sessão de acupuntura, um praticante introduz agulhas finas e afiadas nas camadas superiores da pele, em pontos do corpo (meridianos) que correspondem a diferentes órgãos. Acredita-se que a acupuntura funciona ativando através dos meridianos, substâncias químicas e analgésicas naturais no cérebro. Para muitas pessoas é eficaz para eliminar ou reduzir a ansiedade.

Ervas e especiarias
A medicina herbal tem sido praticada por milhares de anos. Desde 50000 a.C., os seres humanos têm usado ervas e especiarias como alimento e cura. Seja nos casos de pessoas que sofrem de estresse e ansiedade ao longo da sua existência ou para aquelas que apenas atravessam um período estressante em sua vida, as ervas naturais podem ajudar muito. As propriedades medicinais das ervas, bem como a falta de efeitos colaterais, as tornam uma boa alternativa às drogas convencionais.

As seguintes ervas e especiarias podem ajudar a curar e tratar naturalmente a ansiedade e o estresse:

Maracujá (Passiflora spp)
O maracujá é considerado um sedativo suave e pode ajudar a promover o sono. Alguns estudos mostram que o maracujá ajuda a aliviar os sintomas da ansiedade, irritabilidade, agitação e depressão. O Centro médico da Universidade de Maryland afirma que o maracujá mostrou funcionar tão bem quanto algumas das drogas de benzodiazepínicos que geralmente são prescritos para tratar a ansiedade. Experimente uma xícara de chá de folhas de maracujá, 2 ou 3 vezes ao dia, suco de maracujá adoçado com mel, durante o dia todo, comprimidos de passiflora (siga a bula) ou extrato líquido de maracujá 20-40 gotas/dia.

Kava-Kava (Piper methysticum)
Kava-kava é uma das mais famosas ervas anti-ansiolíticas. É um sedativo e hipnótico mais forte do que o maracujá, portanto, use com cautela. Pode causar sonolência. Seu gosto é interessante e dá uma sensação de entorpecimento na boca.  Na Polinésia, seu uso tem uma longa tradição tanto nos rituais, quanto para fins medicinais, devido suas propriedades sedativas e analgésicas. Experimente o chá ou comprimidos (siga a bula), 3-4 vezes por semana. Não use kava-kava se tiver problemas de fígado. Estudos recentes sugerem que o consumo em excesso é prejudicial ao fígado.

Chá Preto e Chá verde
A L-teanina é um aminoácido solúvel em água, encontrado principalmente no chá verde e chá preto. Estudos mostram que a l-teanina atua diretamente no cérebro, ajudando a reduzir o estresse e a ansiedade, sem causar sonolência. Uma xícara de chá por dia pode ser um excelente calmante. Uma forma mais potente, são os suplementos encapsulados encontrados nas farmácias.

Lavanda
O óleo de lavanda, extraído de suas flores, é eficaz na redução da irritabilidade e da ansiedade, promovendo o relaxamento, a sensação de calma e o sono. Um estudo recente comparou o óleo de lavanda com o Lorazepan, um medicamento ansiolítico e descobriu que ambos são efetivos no controle da ansiedade generalizada e persistente. A lavanda funciona melhor na forma de óleo essencial, que não tem efeitos sedativos. Tente usar a lavanda na forma de aromaterapia.

Cúrcuma ou Açafrão da Terra
Cúrcuma ou Açafrão da Terra
A cúrcuma é uma das melhores especiarias para a manutenção geral da saúde e bem-estar. Ela contém altos níveis de antioxidantes, que melhoram o fluxo sanguíneo para o cérebro e também melhoram a saúde cardíaca. A cúrcuma pode reduzir o estresse e aumentar a longevidade do cérebro e do coração. Consuma no mínimo ½ colher de chá por dia de açafrão.

Manjericão
O manjericão é uma erva que naturalmente estimula o sistema imunológico. Rico em nutrientes que melhoram as funções cognitivas em geral e ajuda a reduzir o estresse. Espalhe folhas frescas de manjericão nas saladas do dia a dia, além de ficar delicioso, vai ajudar a controlar o estresse.

Pesto de Manjericão
Noz-Moscada (Myristica fragrans)
Noz-moscada
A noz-moscada é um tempero relaxante, usado na medicina popular para aliviar ansiedade e depressão. Seu sabor único, intenso e almiscarado vem da myristicina, um óleo volátil abundante na noz-moscada, que tem sido pesquisado por aliviar dores, reduzir colesterol, melhorar a memória, desejo sexual, aliviar a ansiedade, melhorar a digestão e até reduzir rugas. Muito cuidado ao consumir. A noz moscada é tóxica quando usada em grandes quantidades, no entanto, é segura para fins culinários. Uma ou duas pitadas são suficientes para garantir seus benefícios.

As ervas e especiarias recomendadas para controlar a ansiedade e o estresse, são oferecidos nos temperos especiais da Cuesta Sabores. Todos sem adição de Sal, Sódio, Cloreto de Potássio, glutamato monossódico ou qualquer química prejudicial à saúde.

Os temperos AMERICAN, INDIAN, FISH, FRENCH, GREEK, ITALIAN, MAROCCAN, VEGGIE e o PESTO TOMATO, são repletos das ervas e especiarias indicadas para combater a ansiedade e o stress. Clique nos links para visitar nossa loja e saber mais sobre os nossos produtos saudáveis.

Livre-se da ansiedade e do estresse. Tenha uma vida plena de saúde e feliz. 

Ozana Herrera 





domingo, 3 de setembro de 2017

Gengibre para turbinar o cérebro.


Gengibre
Quando você pensa em gengibre, as primeiras coisas que vêm em mente são o quentão ou chá de gengibre que se toma no inverno, as balas de gengibre que usamos para garganta ou aqueles biscoitinhos deliciosos que as avós faziam antigamente.

Tudo isso é muito bom e gostoso, mas o gengibre tem muito mais para nos oferecer. Ele pode ser usado tanto como uma especiaria culinária quanto um poderoso remédio herbal, com muitos benefícios para saúde física e mental.

O gengibre (Zingiber officinale) é uma das especiarias culinárias mais antigas e mais utilizadas no mundo. Ele provém do rizoma de uma planta nativa do sudeste da China, uma região cujas culinárias ainda apresentam esta erva maravilhosamente picante. Apesar de sua origem, essa planta pode ser cultivada em qualquer lugar quente e úmido do planeta. Hoje, os principais produtores comerciais de gengibre incluem Jamaica, Índia, Fiji, Indonésia e Austrália.

Chamar o gengibre de raiz, não é correto. Na verdade, ele é um rizoma, uma parte do caule da planta que é subterrâneo.

Gengibre - rizoma com o caule

História
O gengibre vem sendo utilizado há milênios por muitas culturas em todo o mundo. Seus usos são mencionados nos antigos escritos chineses, indianos e do Oriente Médio e tem sido apreciado e valorizado por suas propriedades aromáticas, culinárias e medicinais. Os antigos romanos já importavam o gengibre da China há quase dois mil anos, por isso sua popularidade na Europa permaneceu centrada na região do Mediterrâneo até a Idade Média, quando seu uso se espalhou para outros países. Embora fosse um tempero muito caro na época, devido ao fato de ser importado da Ásia, mesmo assim tinha grande demanda. Na tentativa de torná-lo mais disponível, os exploradores espanhóis introduziram o gengibre nas Índias Ocidentais, no México e na América do Sul, e no século 16, essas áreas começaram a produzir e exportar os preciosos rizomas dessa erva para a Europa. Até nos dias de hoje é considerado uma das mais importantes ervas medicinais das práticas de cura tradicionais das medicinas ayurvédica e chinesa. Atualmente, o gengibre é em praticamente consumido em todo mundo.

Usos medicinais
Ao longo da história, seu principal uso tradicional como erva medicinal tem sido no tratamento de distúrbios digestivos de todos os tipos, mas também é usado para tratar artrite, dores musculares, dores em geral, cólicas, resfriados, gripes, dores de garganta, asma, náuseas e diabetes.

Atualmente, a ciência moderna está começando a entender como funciona o gengibre. Até agora, mais de 100 compostos foram identificados em seu rizoma, sendo que mais de 50 são antioxidantes.

O gengibre é da mesma família que a cúrcuma e foi comprovado que também é um excelente anti-inflamatório, que funciona tão bem quanto a aspirina. Ambos contêm a curcumina composta, embora o gengibre contenha quantidades menores, não deixa de ser um potente remédio natural. A curcumina é naturalmente um anti-inflamatório, antioxidante, antiviral, antibacteriano e antifúngico. Somente esse composto isolado, é usado para tratar alergias, asma, Alzheimer, câncer, depressão, doenças cardíacas e muito mais.

Quando os nossos avós usavam gengibre para cura, estavam no caminho certo e na maior parte das vezes obtinham seus benefícios corretos.

Pesquisas recentes têm comprovado os inúmeros benefícios do gengibre à saúde, especialmente aqueles ligados ao cérebro e à saúde mental. O gengibre tem sido usado para tratar a demência e a perda da memória. Recentemente, pesquisas tem mostrado que ele melhora uma grande variedade de outras funções cognitivas além da memória.

Doença de Alzheimer
O gengibre pode até proteger o cérebro contra a doença de Alzheimer. Um composto encontrado no gengibre, 6-gingerol, aumenta a atividade da acetilcolina, um neurotransmissor que desempenha um papel importante na aprendizagem e na memória. As melhores drogas para Alzheimer disponíveis hoje em dia, funcionam por um mecanismo similar. Drogas como o Aricept, retardam a progressão da doença ao bloquear uma enzima que quebra a acetilcolina. O gengibre também melhora e protege as nossas células gliais, que são as células não neuronais do sistema nervoso central que proporcionam suporte e nutrição aos neurônios. Elas protegem os neurônios e removem detritos metabólicos e toxinas que contribuem para o Alzheimer.

Neurotransmissores
O gengibre aumenta os níveis cerebrais de neurotransmissores importantes. Os neurotransmissores são basicamente compostos por substancias químicas usadas pelas células cerebrais para se comunicarem umas com as outras. Eles controlam a capacidade de nos concentrarmos, lembrarmos, regularmos o humor, controlarmos a ansiedade, vícios, sono e muito mais. O gengibre aumenta os níveis desses importantes químicos cerebrais, incluindo a dopamina e a serotonina. A dopamina é considerada a “molécula da motivação”, é ela que nos ajuda a nos concentrarmos e sermos produtivos. A serotonina atua no cérebro regulando o humor, sono, apetite, ritmo cardíaco, temperatura corporal, sensibilidade a dor, movimentos e as funções intelectuais.

Radicais Livres
Biscoitos de Gengibre
O gengibre protege o cérebro dos danos causados pelos radicais livres, inflamações e toxinas. Os
radicais livres são moléculas de oxigênio não ligadas, que são um subproduto natural do metabolismo, cuja superprodução conduz à inflamação, ao envelhecimento celular prematuro e pode danificar as células ao nível do DNA. O cérebro é particularmente susceptível aos danos dos radicais livres, pois usa muito oxigênio. Os radicais livres são causados por ocorrências cotidianas como estresse, falta de sono, frituras, poluição do ar, radiação do celular ou do computador.
O gengibre é rico em dois grupos de antioxidantes –  shaogaols e gingerols, que protegem o cérebro de ser prejudicado pelos radicais livres. Os antioxidantes do gengibre também protegem o cérebro de outros danos e melhoram a perda de memória após um AVC.

Excitotoxinas
Excitotoxina é toda a substância capaz de fazer as células cerebrais dispararem impulsos nervosos contínuos, o que ocasiona na maioria das vezes a morte dessas células. Dois exemplos de excitotoxinas são o glutamato monossódico (MSG) presente nos caldos de carne em tabletes e em inúmeros alimentos processados e os adoçantes naturais e artificiais, como a sacarina, sucralose e aspartame. O MSG é onipresente em alimentos processados, como não é considerado prejudicial à saúde pela ANVISA é encontrado até em alimentos denominados “saudáveis”.  Os adoçantes também tem venda livre. No entanto, a investigação científica mostra que a sucralose (Splenda) é um tóxico ambiental, altamente nocivo para a saúde humana, que pode desequilibrar a tiróide, destruir a flora intestinal, contribuir para o aumento de peso e diminuição da imunidade. Esses aditivos neurotóxicos prejudicam muito o nosso cérebro e o gengibre funciona como um protetor contra seus efeitos deletérios.

Inflamação crônica
A inflamação crônica é um fator que contribui para sete das dez principais causas de morte, incluindo a doença de Alzheimer. A inflamação crônica no cérebro pode levar a ansiedade, TDAH, confusão mental, depressão e perda de memória. Ainda não se sabe exatamente as propriedades anti-inflamatórias do gengibre, mas seus efeitos no cérebro são atribuídos principalmente a dois compostos: 10-gingerol e 6-shogaol.

Sensibilidade à insulina
Os antioxidantes encontrados no gengibre, conhecidos como gingeróis, aumentam a sensibilidade à insulina e podem evitar as complicações diabéticas, muitas das quais são neurológicas. Controlar os níveis de açúcar no sangue é muito importante para a saúde do cérebro à longo prazo. Existem suspeitas de que a doença de Alzheimer seja um tipo de diabetes que ocorre quando as células do cérebro se tornam resistentes à insulina e não conseguem absorver a glicose, a principal fonte de energia do cérebro. Alguns cientistas já consideram o Alzheimer como a diabetes tipo 3.

Fadiga Adrenal
O cansaço excessivo não é o único sintoma de fadiga adrenal. Outros sintomas incluem “névoa mental”, depressão, ansiedade, insônia e incapacidade de lidar com o estresse. Especialistas em fadiga adrenal, recomendam o consumo de gengibre, juntamente com ginkgo biloba e ginseng como parte do tratamento. Essas ervas naturais, são consideradas adaptogênicas e fortalecem as glândulas suprarrenais, aumentam a resiliência ao estresse e modulam os níveis de cortisol, o hormônio do estresse.

Gengibre na culinária
O gengibre é mais ou menos um tempero universal, embora seus usos sejam mais predominantes em certos países como a China. O gengibre é usado na culinária de várias formas, gengibre fresco, gengibre seco, óleo de gengibre, óleo-resina de gengibre, gengibre seco solúvel, pasta de gengibre e emulsão de gengibre. É um ingrediente muito comum nas receitas.

Ginger Ale natural e saudável
Incluir este tempero aromático na dieta é fácil, pois o gengibre é incrivelmente versátil. A fragrância e o seus sabores únicos, provêm de seus óleos naturais, sendo o mais importante o gingerol.  Comumente é usado pelas culinárias asiáticas, onde é adicionado a legumes salteados ou carnes preparadas na frigideira wok ou servido em conserva com sushi.

O gengibre combina bem com sabores adocicados, dessa forma, preparado na forma de doces, adicionado aos biscoitos, pães e bolos e também é a base de refrigerante popular dos USA – o “ginger ale” que não fabricam mais no Brasil. Embora leve o nome “ginger”, praticamente nenhum gengibre é adicionado a esse refrigerante, que é pouco saudável. Segue aqui uma receita caseira e saudável desse refrigerante.

Ginger Ale - Saudável
½ litro de água com gás
2 colheres de chá de gengibre finamente picadinho
2 colheres de sopa de mel
Adicione o gengibre e o mel fundo de um copo e misture até formar uma pasta.
Adicione lentamente um pouco de água gelada de cada vez mexendo constantemente.
Sirva com gelo.

As quantidades de gengibre e mel são apenas orientações - ajuste de acordo com seu gosto.

Chá de gengibre
Acredita-se que o chá de gengibre pode melhorar o humor, banir sentimentos negativos e que seu aroma pode elevar o espírito. Tim Ferriss, um famoso escritor americano, bem-sucedido empresário, ativo palestrante e investidor anjo, autor do best-seller “4 horas por semana”, buscou e pesquisou em todo planeta recursos para aumentar o poder do cérebro, inclusive em nootrópicos e drogas inteligentes. Segundo seus relatos, encontrou os melhores resultados numa mistura de gengibre, açafrão que ele adiciona ao chá de erva mate ou ao “pu-erh”, um chá fermentado da planta Camelia sinensis, parente do chá verde. Ele chama essa bebida de “foguete para o cérebro”. Ainda não experimentei, mas deve ser fantástica.

Chá de Gengibre
O gengibre aumenta o fluxo sanguíneo para o cérebro e modula os níveis de açúcar no sangue, ajudando a manter os níveis de energia durante o dia.

Eu pessoalmente tomo todas as manhãs um chá de frutas, flores e gengibre para substituir a cafeína presente nos cafés, que eu adoro, mas aumentam a minha ansiedade e estresse. Tenho colhido bons resultados.

O chá de gengibre é fácil de fazer: Coloque em uma caneca, ¼ de colher de chá de gengibre ralado, despeje 1 xícara de água fervente. Tampe com um prato e espere esfriar. Coe num filtro de café. Adoce com mel à gosto. Se desejar adicione algumas gotas de limão. A dose para crianças é ¼ de xícara a cada 3 horas, não exceder a 2 xícaras por dia.

Elixir de gengibre anti-ansiedade
Existe um tradicional elixir indiano preparado com gengibre que é usado na medicina ayurvédica para trazer equilíbrio e acalmar uma mente hiperativa e ansiosa. Este remédio tradicional indiano equilibra o corpo, aumenta a energia no sistema digestivo, reduzindo assim o excesso de energia na mente. Combinado com o suco de limão que diminui a pressão sanguínea através do fortalecimento dos vasos capilares e estimula constituições fracas, o gengibre acalma o estômago, enquanto o mel controla a instabilidade do açúcar no sangue que acompanha os estados de ansiedade.

O elixir de gengibre é fácil de fazer: Coloque em uma caneca 1 de colher de chá de gengibre ralado, despeje 1 xícara de água fervente. Tampe com um prato, espere esfriar e coe num filtro de café.  Adicione 1 colher de chá de suco de limão. Adoce com mel à gosto.

Suplementos de gengibre
Existem uma grande variedade de suplementos de gengibre no mercado na forma de cápsulas, em pó, óleos essenciais, extratos e tinturas. Além de balas, gelatinas, gomas, etc.

Efeitos colaterais e contraindicações
O gengibre consumido fresco, adicionado a alimentos ou na forma de chás, refrigerante ou elixir é considerado muito seguro. Como o gengibre atua como um anticoagulante do sangue, quem tem problemas de coagulação e usa medicação como a vafarina, devem evita-lo. Se tomar medicamentos para pressão alta ou diabetes, consulte seu médico antes de consumir.

Uma maneira deliciosa e saudável de incluir os benefícios do gengibre na sua vida é adicionando os temperos naturais da Cuesta Sabores nas suas receitas. Nossos temperos FISH, INDIAN, MAROCCAN, THAI e VEGGIE incluem em sua formulação o gengibre necessário para manutenção e prevenção da saúde. Todos sem adição de sal, conservantes, corantes, aditivos químicos ou glutamato monossódico. Clique no link e visite a nossa loja.

Tenha uma longa e saudável vida!

Ozana Herrera