sexta-feira, 31 de julho de 2015

Repolho: como comer sem sofrer

Nunca gostei de repolho. Quando eu era criança meus pais me obrigavam a comer de tudo.

Minha mãe, exímia cozinheira, sabia como ninguém a importância nutricional de uma alimentação saudável e fazia o impossível para tornar todos os alimentos, até os menos atraentes, como o jiló, em pratos apetitosos.

Caprichava nos temperos, na variação das receitas e na apresentação do prato.  Arte que ela pratica até hoje, com muita sabedoria, no adestramento do paladar das netas enjoadas.

Passei muitas horas de castigo na frente de um prato de repolho cozido. Olhava para ele e refletia sobre o quanto eu detestava seu aspecto, seu cheiro, sua cor, sua textura e as histórias que meu pai contava sobre as criancinhas que nem repolhos tinham para comer.

Enfim eu cresci e me livrei da ditadura do repolho, mas restou um grande ressentimento.

Amante da boa mesa e assídua frequentadora de hortifrútis, grande parte da minha vida olhei para os repolhos com um misto de repulsão e curiosidade. Nem nas imersões gastronômicas que fiz em países como a Alemanha e outros, onde pratos com repolho são tradicionais, eu me encorajei a comê-lo.

Somente agora, depois dos 50’s, resolvi rever os meus “pre” conceitos e descobrir formas interessantes e inusitadas de consumir e preparar esse alimento nutritivo e essencial à saúde.

O repolho, assim como as couves, a rúcula, o nabo, o agrião, o rabanete e o brócolis, pertencem à família das Brássicas ou Crucíferas. Esses vegetais possuem altas concentrações de glicosinolatos  e outros compostos bioativos que se transformam em poderosos fitoquímicos antineoplásicos, capazes de prevenir e combater diversos tipos de câncer.

Para quem como eu, torce o nariz para os repolhos, uma maneira diferente de prepara-los é assando.

É inacreditável como esse vegetal tão acessível e comum muda de sabor, aroma e textura quando assado. Suas bordas ficam crocantes e o centro concentra uma fusão de sabores deliciosamente doces.

Depois que experimentei essa técnica, o repolho me conquistou e me rendi totalmente aos seus encantos.

O repolho assado é um excelente acompanhamento que pode ser servido com pratos de carnes, salsichas, linguiças, queijos e até tofu. Simples, rápido, saudável, nutritivo e delicioso.

Aqui vai uma receita.

INGREDIENTES
½ repolho verde médio
2 colheres de sopa de azeite
2 colheres de chá de VEGGIE da Cuesta Sabores
Sal

Molho
3 colheres de sopa de manteiga
½ colher de chá de alho picado
2 colheres de sopa de requeijão
Sal e pimenta a gosto
Salsa e cebolinha picados.

MODO DE PREPARAR
Aqueça o forno a 280°C.
Unte uma assadeira com manteiga.

Corte o repolho em quatro fatias iguais e coloque na assadeira preparada.  Use um pincel a para espalhar o azeite nas fatias de repolho. Polvilhe o tempero VEGGIE e o sal. Vire as fatias e repita.

Coloque a assadeira no forno por 10-12 minutos. Vire as fatias e asse até dourar, por mais 8-10 minutos.

Prepare o molho, adicionando todos os ingredientes em uma panela pequena e cozinhe em fogo médio até que a manteiga fique completamente derretida. Mantenha o molho sempre quente ou aqueça novamente antes de servir.

Para servir, coloque as fatias em uma travessa e regue com o molho.
Polvilhe com cebolinha e salsinha picadas.

Confessa, você também não gosta de repolho, mas ficou com água na boca para comer esse, não é?

Ozana Herrera

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Equilíbrio entre ômega-3 e ômega-6: a gênese


A alimentação foi o fator mais importante da evolução genética do homo sapiens. O cérebro humano triplicou de tamanho nos últimos 3 milhões de anos. O consumo de grandes quantidades de ácidos graxos essenciais ômega-3 e ômega-6, em proporções iguais, foram os responsáveis pela expansão do córtex cerebral dos hominídeos.

Certamente, o ômega-3 oriundo dos peixes consumidos em grandes quantidades pelos nossos ancestrais diretos, foi o que abriu as portas para a rápida evolução do cérebro e desenvolvimento do complexo sistema nervoso humano.

A nossa biologia foi formada na era paleolítica e desde então ocorreram mudanças significativas nos nossos hábitos e na nossa dieta. Essas mudanças iniciaram há 10 mil anos, na Revolução Agrícola e foram mais marcantes após a Revolução Industrial, no fim do século XVIII.

Mudamos os nossos hábitos alimentares, mas nossa biologia e genética não foram alteradas.

Durante o período de milhões de anos em que ocorreu a história evolucionaria da espécie homo, havia um equilíbrio de ácidos graxos ômega-3 e ômega-6 na alimentação humana.

As alterações dietéticas que ocorreram nos últimos 100-150 anos é um fenômeno novo na evolução humana. O aumento do consumo de gordura animal, o desequilíbrio no consumo de ômega-3 e ômega-6,  a adoção  do hábito de fritar os alimentos são os reflexos dessas mudanças.

Ao longo do tempo, além dos ácidos graxos ômega-6 presentes nos óleos vegetais processados, em termos de gorduras, desenvolvemos somente gorduras não essenciais, como as gorduras trans, enquanto tornaram-se escassas as fontes de ácidos graxos ômega-3. E a nossa fisiologia ainda é a mesma dos nossos ancestrais, feita para funcionar com a dieta da idade da pedra.

Muitos cientistas acreditam que essas mudanças que ocorreram em relação ao equilíbrio das gorduras, impactaram nosso metabolismo lipídico e nossas funções endócrinas, e que por causa delas surgiram as mudanças fisiológicas que são a causa de muitas doenças modernas como a aterosclerose, doenças cardíacas, depressão e câncer. E ainda que, dentre todas as discrepâncias existentes entre a nossa dieta atual e a dos nossos ancestrais, embora a nossa biologia seja a mesma, a maior delas está na falta de ácidos graxos ômega-3 e excesso de ácidos graxos ômega-6.



Os ácidos graxos ômega-3 e ômega-6 são componentes essenciais na composição das nossas membranas celulares e são,  do ponto de vista metabólico, o ponto de partida na síntese de muitas substâncias similares aos hormônios, que atuam tanto para estimular quanto para inibir os processos corporais, tanto de doença quanto de cura.

Esses os ácidos graxos são projetados para funcionar tanto em conjunto, quanto de forma antagônica.

Os ácidos graxos ômega-6 geram substâncias que causam inflamações, promovem a viscosidade do sangue e a constrição de vasos sanguíneos, afetando processos que são vitais para o sistema imunológico do organismo se restaurar e se proteger.  Ao contrário, os ácidos graxos ômega-3 reduzem as inflamações, neutralizam o entupimento arterial, dilatam os vasos sanguíneos, neutralizando os efeitos do ômega-6.

Atualmente, numa dieta ocidental típica, a média dessa relação é de 20:1. São consumidos em média 20 partes de ômega-6 para cada 1 parte de ômega-3.

Para executar perfeitamente suas funções vitais, esses dois grupos de ácidos graxos devem estar equilibrados. A relação ômega-6:ômega-3 deve ser de 5:1 ou seja, para cada 5g de ômega-6  no organismo, deve existir  1g de ômega-3.  Valores que curiosamente coincidem com as proporções encontradas no leite humano.

Suplemente-se!

Ozana Herrera

Equilíbrio entre ômega-3 e ômega-6

Alguns cientistas acreditam que a causa de muitas doenças modernas como a aterosclerose, câncer, Alzheimer, depressão, doenças cardíacas e outras têm origem nas mudanças fisiológicas no nosso metabolismo lipídico e funções endócrinas, decorrentes da falta de ácidos graxos ômega-3 e excesso de ácidos graxos ômega-6.

Ao longo da história, os alimentos naturais, tanto de origem vegetal quanto de origem animal, mantinham características constantes, inclusive no seu equilíbrio entre gorduras saturadas e poli-insaturadas, e em particular no equilíbrio entre os ácidos graxos ômega-3 e ômega-6.

Com a Revolução Industrial, o crescimento intensivo da produção de grãos, cereais e ração animal modificou esse equilíbrio, provocando o aumento do consumo de muito mais ácidos graxos ômega-6 do que de ômega-3.

Os ácidos graxos ômega-3 e ômega-6 são os componentes centrais das nossas membranas celulares.

Durante milhões de anos, os nossos genes evoluíram para fazer a nossa espécie se adaptar ao meio ambiente ou ecossistema. Entretanto, houve uma falha do organismo, no desenvolvimento da síntese e do equilíbrio dos ácidos graxos ômega-3 e ômega-6, por isso esse equilíbrio sempre teve que ter origem no que comemos. E para recupera-lo, hoje temos que nos suplementar com ômega-3.

Nosso perfil genético ainda é muito semelhante ao do nosso ancestral da Idade da Pedra.
Muitas pesquisas científicas indicam que a maioria dos distúrbios e doenças crônicas que experimentamos hoje, tem origem nos significativos desequilíbrios de ácidos graxos da dieta atual. Nosso metabolismo simplesmente parou de funcionar corretamente, quando não pode mais encontrar os suplementos necessários na dieta.

Os ácidos graxos ômega-3 e ômega-6 são componentes essenciais na composição das nossas membranas celulares e são,  do ponto de vista metabólico, o ponto de partida na síntese de muitas substâncias similares aos hormônios, que atuam tanto para estimular quanto para inibir os processos corporais, tanto de doença quanto de cura.

Esses ácidos graxos são projetados para funcionar tanto em conjunto, quanto de forma antagônica.

Os ácidos graxos ômega-6 geram substâncias que causam inflamações, promovem a viscosidade do sangue e a constrição de vasos sanguíneos, afetando processos que são vitais para o sistema imunológico do organismo se restaurar e se proteger.  Ao contrário, os ácidos graxos ômega-3, reduzem as inflamações, neutralizam o entupimento arterial, dilatam os vasos sanguíneos, neutralizando os efeitos do ômega-6.


Portanto, é de importância primordial o equilíbrio adequado entre esses dois ácidos graxos. 

O consumo demasiado de um e não suficiente de outro pode ser perigoso para a nossa saúde.  

A FAO/OMS emitiram recomendações sobre o consumo adequado de ômega-6 e ômega-3. Recomendam a relação de 5:1, ou seja, 5 partes de ômega-6 para 1 parte de ômega-3, valores que curiosamente coincidem com os limites encontrados no leite humano.

Suplemente-se!

Ozana Herrera

Who wants to live forever?


Envelhecer não é um processo único. São inúmeros processos que nos levam a perder nossas capacidades físicas, sensoriais e mentais. 

A ciência tem desenvolvido novas tecnologias que tem a capacidade de reduzir, parar ou até mesmo reverter esses processos e aumentar radicalmente a qualidade de vida humana.

Segundo Ray Kurzweil, um dos mais proeminentes pensadores contemporâneos, precisamos permanecer jovens para poder aproveitar as futuras inovações que nos tornarão mais jovens ainda. 

E a ciência tem se desenvolvido rapidamente nesse sentido. Tudo que precisamos é nos mantermos saudáveis o suficiente para desfrutarmos dessas descobertas no futuro.

O objetivo não é simplesmente viver mais tempo, mas sim ser feliz e saudável pelo maior tempo possível. Preservar a saúde em longo prazo para tirar proveito do desenvolvimento da tecnologia.

Uma estratégia é usar toda informação que dispomos de forma que nos ajude a diminuir as chances de doenças e a bloquear o avanço do processo de envelhecimento.

Vivemos uma nova era onde a saúde tornou-se tecnologia da informação e sua característica chave é ser muito rápida e ter crescimento exponencial, afirma Kurzweil. Hoje já colhemos frutos desse novo conhecimento e temos meios para retardar o processo de envelhecimento e reduzir os riscos de nossos maiores assassinos, as doenças do coração e o câncer.

Novas tecnologias como terapias gênicas, terapias celulares e muitas outras novidades, em breve se tornarão acessíveis à população em geral. O custo do mapeamento genético humano, caiu de US$ 10.000 para US$ 1.000, em 2013. 

Certamente, nesse primeiro momento os sequenciamentos de genoma ainda não serão rotina para todos pacientes em hospitais e clinicas de saúde, mas muito em breve será uma ferramenta inestimável para a prevenção e detecção de certos nichos de doenças como o câncer, doenças pediátricas ou doenças idiopáticas.

Haverá muita polêmica, mas também poderá ser muito útil como um método na triagem de fetos nas fertilizações "in vitro" e em bancos de esperma. Num futuro muito próximo, poderemos usar nossos dados genômicos para cuidados preventivos de saúde.

Nossos genes são pequenos programas que compõem um sofisticado software que evoluiu quando as condições de vida na Terra eram muito diferentes do que são hoje. Atualmente esse software está defasado diante as necessidades impostas pelo estilo de vida do homem moderno. Nossa bioquímica precisa ser reprogramada e atualizada com novas instruções para conseguirmos ter controle total do nosso próprio estado de saúde.

Há milhares de anos atrás, por exemplo, o gene receptor de insulina tinha instruções para “acumular toda caloria possível, pois a próxima temporada de caça poderia não ser tão boa”. Isso fazia sentido nos primórdios, quando a comida era escassa e a fome uma possibilidade real. Hoje essa instrução em nosso organismo é apenas um problema, pois é a causa principal da epidemia de obesidade que assola a sociedade contemporânea.

Para viver para sempre, com qualidade de vida é preciso uma mudança radical de atitudes e estilo de vida. Os primeiros passos para aproveitar os recursos disponíveis hoje são apresentados a seguir:

Saúde Preventiva - Visite sempre um médico e com ele desenvolva um programa de saúde preventiva. A prevenção e a detecção precoce de doenças são essenciais para a manutenção de uma boa saúde.

Relaxamento – A vida é estressante. O estresse está intimamente ligado às doenças e a redução da longevidade. Busque medidas conscientes para lidar de forma construtiva com seus estressores, no sentido de fazer você se sentir melhor e dar-se a chance de viver mais tempo.

Nutrição – A comida e bebida que você consome podem te curar ou te matar. As escolhas certas ajudam a reduzir o risco de doenças graves, como o câncer, doenças cardíacas, AVC, obesidade e diabetes.

Suplementação – A necessidade de nutrientes está muito além da reposição por deficiência. Você não pode fortalecer seus músculos nem construir um sistema imunológico mais forte sem que tenha as matérias-primas que o seu corpo necessita. Pesquisas relacionadas à nutrição continuam a se expandir, apresentando novas evidências que apoiam a necessidade de suplementação nutricional.

Redução de calorias – A “epidemia de obesidade” tem recebido muita atenção ultimamente. Estar com apenas 20% de sobrepeso já triplica o risco de pressão arterial elevada e diabetes tipo 2, e duplica o risco de doença cardíaca. Perder 10-20% de peso vai reduzir esses riscos de forma significativa.

Exercícios físicos – O exercício é a arma mais importante contra o envelhecimento. Ele ajuda a prevenir o AVC, reduz o colesterol, fortalece os ossos, tonifica e estimula o cérebro, ajuda a aumentar a energia vital, melhora o humor, ajuda a dormir melhor, promove sensação de bem estar, entre outros inúmeros benefícios.

Desintoxicação – Estamos constantemente bombardeados por toxinas internas e externas, e não há como evita-las. Mas, é possível reduzir a sua exposição, reforçar suas defesas e eliminar as toxinas acumuladas. Alguns alimentos também podem ajudar nesse processo, especialmente as frutas e vegetais devido à presença de fibras, vitaminas e minerais antioxidantes, além de outras substâncias protetoras. Dentre os vegetais, destacam-se os da família das brássicas, como repolho, couve-flor, couve, brócolis, couve de Bruxelas, mostarda, nabo, agrião, rabanete, rúcula. Estes alimentos também contém compostos anticancerígenos.

Cultivar bons pensamentos: A saúde do corpo começa na mente. Todo pensamento é transmitido às células e exerce influência sobre o corpo. Se na mente existir emoções e pensamentos negativos, eles serão transmitidos para cada célula do corpo. A tristeza na mente enfraquece o corpo. As células que atuam como soldados defendendo o corpo, se enfraquecem, tornando-se ineficientes. Isto diminui a força vital e produz a doença. Somos condicionados a pensar negativamente. Sem pensamento negativo não existe a angústia, a depressão e o estresse. Só você tem o poder de mudar isso em você, banindo as coisas negativas da sua vida e apostando na felicidade. Valorizando as coisas que realmente tem valor. Deixe para trás as mágoas, rancores, ódios. O passado já passou. O que vale é o presente e a chance que temos a cada segundo de produzir um futuro muito melhor. Escolha no que pensar e opte por ser mais feliz.

E então, você quer viver para sempre? Comece agora a trabalhar nesse projeto!

Ozana Herrera