segunda-feira, 28 de março de 2016

Ervas & Especiarias - Um estilo de vida.

Recomendo o uso de ervas e especiarias na rotina diária, não apenas como um ingrediente extra para cozinhar, mas como uma maneira de melhorar o sabor e proporcionar uma experiência sensorial ao ato de comer.

Quando se utiliza a mistura certa de ervas e especiarias, uma refeição simples é transformada em algo extraordinário!

Saber usar diferentes temperos no preparo das refeições é uma sabedoria repassada pelos nossos ancestrais que foi perdida com a industrialização dos alimentos, mas que nos dias de hoje vem sendo recuperada e transformada em um importante estilo de vida.

Os segredos das ervas e especiarias seguem uma tradição de muitos séculos. Elas têm sido parte da história da humanidade, tradição e folclore desde os primeiro dias.

Em todo mundo, milhares de diferentes ervas e especiarias crescem em abundância. Por tentativa e erro, o homem aprendeu sobre seus poderes curativos. Antes do estabelecimento da medicina convencional, remédios à base de plantas eram utilizados para proteger o corpo e a alma.

Hoje, estamos descobrindo cada vez mais a sabedoria por trás dos remédios caseiros das nossas avós. As pesquisas científicas atuais confirmam as propriedades especiais das plantas medicinais identificadas pelos nossos antepassados.

No reino vegetal, ervas e especiarias se destacam por suas qualidades curativas excepcionais. Cominho, gengibre, cúrcuma, coentro, anis, erva-doce, orégano, páprica e inúmeras outras ervas e especiarias, oferecem um enorme valor para a humanidade. Além de adicionar sabor e aroma à nossa comida, elas também desempenham um papel importante, auxiliando os vários sistemas do nosso corpo.

Muitas ervas e especiarias contêm substâncias ativas como antioxidantes, vitaminas, minerais, pigmentos e outros microelementos. Através da ingestão de alimentos temperados, elas são absorvidas pelo sistema digestivo, inseridas por ele na corrente sanguínea e distribuídas por todo corpo. Dessa forma elas ajudam vários sistemas do organismo, como por exemplo, os sistemas respiratório, nervoso e circulatório, curando inflamações e infecções, ajudando na liberação de toxinas e muito mais.

Os blends de ervas e especiarias são o complemento perfeito para o estilo de vida agitado de hoje, fornecendo remédios naturais que ajudam o organismo se recuperar e prevenir inúmeras doenças.

A Cuesta Sabores oferece 28 temperos diferentes e originais, compostos com as mais puras ervas e especiarias. Visite o nosso site e descubra como eles podem ajudar a melhorar o sabor das suas refeições, além de trazer saúde, alegria e qualidade de vida para você e sua família.

Ozana Herrera

 Cuesta Sabores



domingo, 6 de março de 2016

Pimenta Preta I

Nativa da Índia, a pimenta preta (Piper nigrum) ou pimenta-do-reino tem desempenhado um papel muito importante ao longo da história e têm sido uma das especiarias mais valorizadas desde os tempos antigos. 

Seu prestígio era tão grande, que desde a Grécia antiga não era usada somente como tempero, mas também como uma moeda de troca e como oferenda sagrada.

A pimenta era usada tanto para honrar os deuses quanto para pagar impostos, dívidas e resgates. 

Durante a queda de Roma antiga, quando a cidade foi sitiada pelos bárbaros, muitos homens importantes da época foram sequestrados e o resgate foi exigido em pimenta. Na Idade Média, a riqueza de um homem era muitas vezes medida pelo seu estoque de pimenta.

O motivo de a pimenta ser tão valiosa, é que ela servia para fins culinários importantes. Além da sua pungência, uma forma de melhorar o sabor dos alimentos, ela também disfarçava o sabor deteriorado dos mesmos, num mundo onde não existia refrigeração e nem meios eficientes de preservação.

Dessa forma, a pimenta preta tornou-se um tempero importante e catalisou a maior parte do comércio de especiarias. Isso levou à exploração de muitas terras desconhecidas e também o desenvolvimento de grandes polos comerciais na Europa e no Oriente Médio.

Hoje, os principais produtores comerciais de pimenta preta são Índia e Indonésia.

A pimenta preta estimula o paladar. Quando ingerida, o cérebro envia um alerta para o estômago, para que aumente a secreção de ácido clorídrico, o que faz melhorar a digestão. O ácido clorídrico é necessário para digestão de proteínas e outros componentes dos alimentos no estômago. Quando a produção de ácido clorídrico é insuficiente, os alimentos permanecem no estômago por mais tempo, levando a azia ou indigestão. Esses alimentos podem passar direto para o intestino, servindo de fonte para bactérias hostis, cuja atividade produzirá gases, irritação, diarreia ou prisão de ventre.

Há muito tempo a pimenta preta é reconhecida como um carmitativo (ajuda a impedir a formação de gases intestinais), uma propriedade que tem origem ao seu efeito de estimular a produção de ácido clorídrico. Também é considerada diaforética (promove a transpiração) e diurética (promove a micção).

Além dos benefícios á saúde do trato digestivo, também tem sido destacada suas propriedades antioxidantes e antibacterianas.

Em termos nutricionais, a pimenta preta é uma excelente fonte de vitamina K, manganês, ferro, cobre e cálcio.

Abuse da pimenta preta em tudo que preparar. Com seu sabor picante e profundo é o complemento ideal para temperar carnes. Mantenha sempre um moinho de pimenta na sua mesa de jantar e seja generoso ao adicionar no seu prato.

Desfrute da pimenta preta puríssima usando os temperos da Cuesta Sabores. Clique no link para saber mais: www.cuestasabores.com.br

Ozana Herrera


Manjericão

O manjericão (Ocimum basilicum) é nativo da Índia, Ásia e África, mas hoje é cultivado em todo mundo. Seu nome tem origem da palavra grega “basilikohn” que significa “real”.

Também era considerado uma planta sagrada pelos gregos.  A tradição de reverenciar o manjericão continuou em outras culturas. Na Índia, o manjericão é considerado um ícone da hospitalidade e na Itália, um símbolo do amor. 

Dessa forma, essa aromática erva foi reverenciada pelas culturas antigas onde era utilizada tanto para fins culinários quanto medicinais.

Há milhares de anos o manjericão tem sido usado tanto internamente como topicamente para tratar uma variedade de problemas de saúde que incluem espasmos estomacais, constipações, febre, picadas de insetos e infecções respiratórias.

O manjericão possui flavonoides, poderosos antioxidantes que ajudam a proteger o organismo ao nível celular e também óleos voláteis, que são eficazes agentes microbianos. A orientina e a vicenina são os dois flavonóides mais estudados no manjericão.  Em estudos realizados em glóbulos brancos do sangue humano, esses componentes  demonstraram proteger as estruturas celulares, bem como os cromossomos da radiação e danos causados pelos radicais livres.

Seus potentes efeitos anti-inflamatórios vêm do eugenol, encontrado nos seus óleos voláteis. Essa substância tem sido estudada como bloqueadora do ciclo oxigenasse (COX) – a mesma enzima que é inibida por medicamentos anti-inflamatórios como o ibuprofeno. Isso qualifica o manjericão como um alimento "anti-inflamatório" que pode fornecer benefícios de cura importantes, juntamente com alívio sintomático para indivíduos com problemas inflamatórios, como artrite reumatoide ou doenças intestinais.

O óleo essencial de manjericão é utilizado e aromaterapia como um estimulante e também como antidepressivo.

Amplamente utilizado na culinária do Mediterrâneo, nutricionalmente, o manjericão é uma boa fonte de vitamina A, magnésio, potássio, ferro e cálcio.

O óleo essencial de manjericão, obtido a partir de folhas, demonstrou a capacidade de inibir várias espécies de bactérias patogênicas que se tornaram resistentes aos antibióticos habitualmente utilizados. Também é excelente para eliminar bactérias em frutas e legumes. Adicione 1 ml para cada litro de água e deixe de molho por alguns minutos.

Deixar ramos de manjericão na cozinha, além de deixa-la perfumada, também ajuda a sanear o ambiente.

Uma maneira prática de incluir manjericão nas sua receitas é usar nos nossos temperos, muitos deles incluem essa incrível erva em sua composição.
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Ozana Herrera



sábado, 5 de março de 2016

Pimentas para ser feliz.


A culinária picante não é um consenso em todo Brasil, mas é popular em todo planeta.

Dos apimentados pratos asiáticos e “calientes” receitas latino-americanas pessoas de toda parte amam a sensação de formigamento que especiarias como pimentas, páprica, gengibre e canela podem trazer.

Muitos são um pouco covardes quando se trata de alimentos picantes acreditando que eles causam problemas gástricos e que seu consumo pode levar a úlceras, o que não é verdade.

Depois de pesquisar e experimentar diferentes especiarias, ao longo dessa longa jornada, eu aprendi sobre os inúmeros benefícios à saúde que elas podem nos proporcionar. Hoje me considero uma devota das comidas picantes e bem temperadas. As especiarias são capazes transformar até mesmo os alimentos mais insípidos numa delícia culinária.

O que faz a pimenta?
A picância ou o “calor” das pimentas vem dos capsaicinóides, uma classe de compostos presentes nas plantas da família capsicum – as pimentas que conhecemos, tais como a dedo-de-moça, malagueta, caiena, etc. O capsaicinóide mais amplamente estudado é a capsaicina.

Nem só das pimentas vem a picância. A cúrcuma, canela, cravos, pimenta do reino, gengibre, mostarda, cardamomo e outras especiarias também adicionam um pouco de “calor” a qualquer prato e amplifica os benefícios à saúde.

A canela é uma das minhas especiarias favoritas. Costumo acrescenta-la em tudo que posso. Você sabia que a canela pode reduzir significativamente os níveis de açúcar no sangue e de colesterol em diabéticos tipo 2?

Doenças cardiovasculares
Os problemas cardiovasculares são ocasionados por um acúmulo de placas nas paredes das artérias que impedem o sangue fluir com facilidade por todo corpo. A capsaicina tem sido destacada por melhorar as funções dos nossos vasos sanguíneos. Ela ativa os receptores no nosso corpo que liberam óxido nítrico. O óxido nítrico ajuda a abaixar a pressão arterial, mantendo os vasos sanguíneos abertos e regulando suavemente o fluxo de sangue. A contínua ativação desse receptor liberador de óxido nítrico, além de reduzir a pressão sanguínea em hipertensos, também ajuda a reduzir os níveis de colesterol ruim.

Além de ativar os receptores celulares para abaixar a pressão arterial, a capsaicina também pode acionar receptores que reduzem os riscos de desenvolver tumores cancerígenos.

Sabendo disso, não pense duas vezes em dobrar a dose de pimenta na sua próxima refeição.

Prevenção de Câncer
A capsaicina, o gengibre, a páprica e outras especiarias como a pimenta preta, são conhecidas por ter poderosas propriedades antioxidantes.

Curiosamente, as taxas de câncer em geral são muito mais baixas em países amantes de especiarias como a Índia, do que em países que seguem dietas ocidentais menos picantes. Os indianos são responsáveis por um dos mais altos níveis de consumo de especiarias do mundo.  Sua população é composta por 40% de vegetarianos e usam cúrcuma, gengibre e muita pimenta. A incidência câncer de próstata nos EUA é 23 vezes maior do que na Índia. As americanas tem 5 vezes mais câncer de mama que as mulheres indianas. Isso colocado em porcentagem é assustador.

Além de prevenir o câncer, os alimentos picantes também parecem destruir as células cancerosas. Num estudo em ratos, geneticamente propensos a desenvolver tumores, 80% das suas células prostáticas cancerosas foram mortas  pela capsaicina e seus tumores encolheram 1/5 do tamanho de tumores não tratados.
  
Redução da dor e da inflamação
Muitos medicamentos na forma creme e emulsões usadas para conter as dores musculares, usam a capsaicina em sua fórmula. Eles provocam um aquecimento intenso na área e isso acalma a dor.

Parece contraditório, mas funciona. Em nosso corpo temos proteínas “receptoras de calor” em todas as células da pele e nervosas. Quando usamos a capsaicina tópica, ela ativa esses receptores de calor, atua contra a dor e leva o organismo a produzir endorfinas.

A capsaicina é usada para todos os tipos de dores de artrite, bem como para a dor neuropática e condições dermatológicas que ocasionam uma coceira dolorosa.

Adicionar alimentos picantes a uma dieta anti-inflamatória é uma importante vantagem para todos aqueles que sofrem de inflamações dolorosas e desconfortáveis.

Os alimentos picantes não apenas ajudam a pessoa se sentir melhor fisicamente, mas também proporcionam um conforto mental e emocional.

Ansiedade e Depressão
As endorfinas anti-dor liberadas pela capsaicina também ajudam o humor. Quando os alimentos picantes são consumidos eles ajudam a liberar as endorfinas que aliviam a ansiedade, depressão e estresse.

Os alimentos picantes também ajudam a aumentar a serotonina, que é o hormônio responsável por nos deixar calmos, relaxados e nos ajuda a dormir melhor.

Alimentos naturais funcionam tão bem quanto às drogas sintetizadas em laboratório. Os efeitos colaterais dos antidepressivos são terríveis. Melhor mesmo é substituí-los por uma boa dose de temperos, como prevenção.

De acordo com um estudo, uma dose diária de 1000mg de curcumina, composto ativo derivado da cúrcuma, foi apenas 3% menos eficaz que a fluoxetina, um fármaco antidepressivo tradicional, mas sem os efeitos secundários da droga.

Aumento do metabolismo e perda de peso
Os alimentos picantes são termogênicos. Eles ajudam a aumentar a taxa metabólica basal para seu corpo gastar mais energia. Por isso a pimenta caiena é adicionada a diversas bebidas e suplementos dietéticos. Comer um prato picante pode aumentar temporariamente o metabolismo em até 8%.

Muitos pesquisadores acreditam que a capsaicina pode funcionar como um supressor do apetite.

Comer alimentos termogênicos podem impulsionar o metabolismo de até 5% e aumentar a queima de gordura em até 16%.

Proteção do sistema digestivo
Ao contrário do que muitos acreditam, comida picante e pimentas fazem mais bem para o sistema digestivo do que mal. Muitas pessoas evitam alimentos picantes e muito temperados porque acreditam que eles causam úlceras ou azia.

Conforme um estudo asiático, pessoas que comeram menos capsaicina apresentaram três vezes mais úlceras do que aqueles que comeram mais alimentos picantes, como a comida indiana e malaia. A explicação é que as bactérias H. pylori, uma das principais causadoras de úlceras, são mortas pela capsaicina.

Os cientistas acreditam também que as pimentas picantes podem proteger o revestimento do estômago. Com um revestimento forte, é possível bloquear a lesão gástrica causada por medicamentos, aditivos químicos nocivos e doenças.
  
Como adicionar mais tempero à sua comida
Comece devagar. Tenha uma noite picante uma vez por semana cozinhando pratos da cozinha tailandesa, mexicana ou indiana. 

Experimente nossos temperos THAI, INDIAN, CHILI PEPPER ou MEXICAN. Você vai encontrar seus sabores favoritos e poderá utiliza-los com regularidade.

Não tenha medo de alimentos picantes. Eles podem fazer você chorar um pouco, mas os benefícios à saúde que eles trazem compensa o sofrimento.


Ozana Herrera


 Cuesta Sabores