sexta-feira, 17 de julho de 2015

Equilíbrio entre ômega-3 e ômega-6

Alguns cientistas acreditam que a causa de muitas doenças modernas como a aterosclerose, câncer, Alzheimer, depressão, doenças cardíacas e outras têm origem nas mudanças fisiológicas no nosso metabolismo lipídico e funções endócrinas, decorrentes da falta de ácidos graxos ômega-3 e excesso de ácidos graxos ômega-6.

Ao longo da história, os alimentos naturais, tanto de origem vegetal quanto de origem animal, mantinham características constantes, inclusive no seu equilíbrio entre gorduras saturadas e poli-insaturadas, e em particular no equilíbrio entre os ácidos graxos ômega-3 e ômega-6.

Com a Revolução Industrial, o crescimento intensivo da produção de grãos, cereais e ração animal modificou esse equilíbrio, provocando o aumento do consumo de muito mais ácidos graxos ômega-6 do que de ômega-3.

Os ácidos graxos ômega-3 e ômega-6 são os componentes centrais das nossas membranas celulares.

Durante milhões de anos, os nossos genes evoluíram para fazer a nossa espécie se adaptar ao meio ambiente ou ecossistema. Entretanto, houve uma falha do organismo, no desenvolvimento da síntese e do equilíbrio dos ácidos graxos ômega-3 e ômega-6, por isso esse equilíbrio sempre teve que ter origem no que comemos. E para recupera-lo, hoje temos que nos suplementar com ômega-3.

Nosso perfil genético ainda é muito semelhante ao do nosso ancestral da Idade da Pedra.
Muitas pesquisas científicas indicam que a maioria dos distúrbios e doenças crônicas que experimentamos hoje, tem origem nos significativos desequilíbrios de ácidos graxos da dieta atual. Nosso metabolismo simplesmente parou de funcionar corretamente, quando não pode mais encontrar os suplementos necessários na dieta.

Os ácidos graxos ômega-3 e ômega-6 são componentes essenciais na composição das nossas membranas celulares e são,  do ponto de vista metabólico, o ponto de partida na síntese de muitas substâncias similares aos hormônios, que atuam tanto para estimular quanto para inibir os processos corporais, tanto de doença quanto de cura.

Esses ácidos graxos são projetados para funcionar tanto em conjunto, quanto de forma antagônica.

Os ácidos graxos ômega-6 geram substâncias que causam inflamações, promovem a viscosidade do sangue e a constrição de vasos sanguíneos, afetando processos que são vitais para o sistema imunológico do organismo se restaurar e se proteger.  Ao contrário, os ácidos graxos ômega-3, reduzem as inflamações, neutralizam o entupimento arterial, dilatam os vasos sanguíneos, neutralizando os efeitos do ômega-6.


Portanto, é de importância primordial o equilíbrio adequado entre esses dois ácidos graxos. 

O consumo demasiado de um e não suficiente de outro pode ser perigoso para a nossa saúde.  

A FAO/OMS emitiram recomendações sobre o consumo adequado de ômega-6 e ômega-3. Recomendam a relação de 5:1, ou seja, 5 partes de ômega-6 para 1 parte de ômega-3, valores que curiosamente coincidem com os limites encontrados no leite humano.

Suplemente-se!

Ozana Herrera

Nenhum comentário:

Postar um comentário