Milênios atrás, quando nossos ancestrais vagavam pelos continentes, foram forçados a se adaptar a uma ampla gama de condições, principalmente ambientais e climáticas.
Conforme a geografia
e o clima do seu habitat variavam as ofertas de alimentos disponíveis para
consumo também se alternavam. Cada bioma particular era povoado por vários tipos
diferentes de plantas e animais.
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Nômades caçadores e coletores |
Por força da fome e da escassez, cobriam grandes distâncias e cruzavam muitos biomas em busca de alimentos.
Por conta disso, ao longo das eras, antes da formação das sociedades agrárias, a maioria dos humanos consumiam uma grande variedade de espécies vegetais.
Algumas dessas plantas, certamente foram
aquelas selecionadas para serem cultivadas quando se constituíram as sociedades
agrárias, pois continham a base de macro e micronutrientes necessários para a
sobrevivência, tais como os hidratos de carbono, gorduras, proteínas, vitaminas
e minerais essenciais.
Muitas das plantas pungentes consumidas, principalmente
aquelas com sabores e aromas fortes e ricamente coloridas, também continham uma
série de compostos não nutritivos que ajudavam a combater as infecções,
melhoravam os processos fisiológicos e homeostáticos de seus corpos e impediam
o aparecimento de doenças crônicas.
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Sociedades agrárias |
Esses compostos fornecem uma ampla gama de benefícios de saúde para plantas, animais e humanos. As plantas usam essas características para se protegerem dos ataques de insetos, fungos, vírus e outras ameaças do ambiente, enquanto os efeitos nos animais e humanos são de prevenção de infecções, infestações de parasitas e combate de uma série de outras condições patológicas.
A resiliência que caracteriza muitas dessas
espécies é impressionante. Durante os períodos de fome, epidemias e seca, essas
são muitas vezes, as últimas plantas comestíveis que sobrevivem. Muitas delas
têm sabores extremamente fortes e são muito desagradáveis de se comer.
Entretanto, para os nossos antepassados, a escolha era um luxo e na ausência de
alternativas mais saborosas, comer essas plantas era frequentemente a única
forma de saciar a fome.
Como a natureza é sábia e a capacidade adaptativa
inerente ao homem, essa dificuldade resultou em uma involuntária, porém
importante forma de automedicação.

As ervas e especiarias, muitas das quais possuem
poderosas propriedades antimicrobianas e anti-inflamatórias, foram inestimáveis
para essas sociedades primitivas. Hoje é sabido que infecções e inflamações tem
associação direta com uma grande variedade de doenças crônicas. Antes do
advento das estratégias preventivas que temos hoje, nossos antepassados tiveram
que confiar em seu ambiente natural para fornecer proteção e tratamento para as
infecções. O ato de mastigar regularmente plantas com cascas e polpas fibrosas
poderia ser uma forma natural de limpar os espaços entre os dentes e remover a
placa bacteriana, prevenindo as infecções orais.
Algumas ervas e especiarias são potentes microbicidas
e antissépticos alguns deles, como o hortelã, a canela e o gengibre, são
exemplos de plantas regularmente mastigadas pelos nossos ancestrais, que
ajudavam a reduzir a halitose, afastar as dores da fome, reduzir as infecções,
oferecer proteção contra vermes e parasitas intestinais e também prevenir
inúmeras doenças degenerativas que afligem o homem moderno.

Para essas sociedades primitivas, que lutavam
bravamente para manter a vida em condições ambientais implacáveis, lutando
muitas vezes contra predadores cruéis ou tribos inimigas, as ervas e
especiarias foram certamente um fator determinante do sucesso e do crescimento
da população em um mundo onde a sobrevivência do mais apto era uma realidade.
Sabores
primitivos
Um fator importante que influenciava a
palatabilidade das ervas e especiarias aos nossos antepassados eram as
intensidades de sabores que existiam entre os diferentes alimentos. Os sabores
e aromas da maioria das espécies de frutas, legumes, tubérculos, castanhas e
outras plantas consumidas pelas sociedades iniciais eram mais intensas e
saborosas do que essas que consumimos hoje em dia.
Na verdade, a maior parte das variedades modernas
de hortaliças, legumes, frutas e outras plantas que consumimos atualmente, tem
pouca semelhança com as variedades que existiam há milhares de anos: os atuais sabores
amargos, azedos e adstringentes que caracterizaram frutas como maçãs, melões,
peras e muitos outros foram criados por melhoramento genético ou reprodução seletiva.
Técnicas que foram “aprimorando” as plantas de forma a priorizar uma qualidade
desejada. O emprego dessas técnicas aumentou o teor de açúcar desses frutos e
reduziu a quantidade de produtos químicos pungentes que as plantas produziam
como defesas contra os ataques de micróbios e insetos. Em outras palavras,
nossos antepassados estavam muito mais acostumados a comer frutas e legumes
que tinham menos açúcar, mas sabores mais picantes do que muitos dos que estão
disponíveis atualmente.

Com o cultivo e técnicas de
armazenamento de alimentos para uso em tempos de escassez, as comunidades eram
menos obrigadas a comer alimentos intragáveis como seu último recurso, como os
nômades necessitavam.
Em vez disso, as especiarias tornaram-se apreciadas por
seus aromas e sabores e usados para acrescentar sabor à dieta monótona,
baseadas em poucas culturas cultivadas. Não demorou para que os cozinheiros
incorporassem as ervas e especiarias em receitas que se tornariam os pratos
tradicionais da emergente culinária mundial.
As ervas e especiarias também foram utilizadas para
melhorar a palatabilidade de proteínas animais importantes, mas insipidas ou
intragáveis, como por exemplo o scargot, um caracol que por milhares de anos foi
uma fonte de proteínas valiosa para aqueles que não conseguiam obter carnes
mais saborosas ou peixes. Com a adição de um pouco de alho, o scargot se
transformou numa iguaria gourmet, que resistiu ao tempo e até hoje é uma
elegante experiência gastronômica.
Atração
pelas cores
As ervas e especiarias não eram apreciadas apenas
por seus sabores e aromas valiosos. Muitos se tornaram corantes alimentares
usados para melhorar a aparência dos pratos e torna-los mais atrativos. Na
natureza, aparência e sabor andam juntos, somos naturalmente atraídos por
alimentos coloridos.
A maior parte das frutas, tem cores profundas e
brilhantes: as frutas cítricas (laranja), ameixas e uvas (roxas), maçãs
(vermelho brilhante), bananas (amarelo brilhante), e assim por diante.
Os humanos e outros animais são atraídos primeiramente pela cor e depois pelo aroma, para finalmente serem recompensados pelo sabor, para depois devolverem o favor à planta, espalhando suas sementes para perpetuação da espécie.
Os humanos e outros animais são atraídos primeiramente pela cor e depois pelo aroma, para finalmente serem recompensados pelo sabor, para depois devolverem o favor à planta, espalhando suas sementes para perpetuação da espécie.
Lindo
isso, a gratidão é o que move a natureza.
A culinária tradicional mediterrânea e oriental,
incluem especiarias muito coloridas nos seus preparos, como o açafrão, a
cúrcuma e a páprica ou ervas frescas de folhas verdes como o manjericão, salsa,
hortelã ou tomilho. Nas plantas, as cores ricas e brilhantes, sabores fortes,
aromas intensos, são muitas vezes produzidos por poderosos protetores
fitoquímicos, como flavonóides, polifenóis e carotenóides, que, quando
consumidos regularmente e em quantidades suficientes, fornecem uma ampla gama
de benefícios para a saúde.
Conservação,
uma prioridade.
Nas sociedades estabelecidas, armazenar colheitas
ou preservar a proteína animal para consumo futuro, passou a ser uma
prioridade. E mais uma vez as ervas e especiarias entram em cena para ajudar a
garantir a segurança alimentar. Elas desempenhavam o importante papel de agente
conservante e repelente de insetos para os alimentos armazenados.

A secagem foi uma solução e o resfriamento dos alimentos uma alternativa para as comunidades que habitavam latitudes mais altas. No entanto, inviáveis para aqueles que viviam em regiões tropicais, com climas mais quentes e úmidos.
Então o homem foi forçado a ser mais inovador em suas técnicas de armazenamento e descobriu a preservação química, sob a forma de sal e especiarias. Como o sal não estava disponível em todas as regiões, muitas vezes era necessário transporta-lo por longas distancias, dessa forma, as ervas e especiarias muitas vezes, consistiam na única opção.
A ciência já confirmou que muitas plantas
culinárias, tipicamente usadas em países mais quentes, possuem fortes
propriedades microbianas que ajudam na conservação das carnes ou, quando usadas
no cozimento, podem matar micróbios ou neutralizar toxinas de um alimento
contaminado. Os mais potentes efeitos antimicrobianos podem ser encontrados no
alho, cebola, pimenta da Jamaica, orégano, seguidos do tomilho, canela, estragão,
cominho e plantas do gênero capsicum (pimentas e pimentões). A pimenta do reino
é um microbicida menos potente, como o gengibre, erva doce, sementes de aipo e os cítricos
(limões, laranjas, etc).
Muitos dos fitoquímicos que protegem as plantas
contra insetos e ataques microbianos, são os mesmos produtos que protegem
nossos corpos das doenças degenerativas e ajudam a retardar o processo de
envelhecimento.
Distribuição
geográfica

Uma justificativa é a maior biodiversidade encontrada em climas quentes e úmidos, e nossos ancestrais que habitavam essas regiões as incorporaram às suas culinárias.
Atualmente a Índia e a Tailândia são os maiores produtores e consumidores de ervas e especiarias, seguidos pelos países mediterrâneos. A fria Escandinávia é o país que consome menos.
A importância do consumo de ervas e especiarias
para ajudar a prevenir doenças crônicas e degenerativas tem correlação com
os diferentes níveis de utilização desses produtos nas diferentes zonas
climáticas. Os países de clima frio, com baixo consumo de ervas e especiarias são
também os países mais desenvolvidos e tendem a ter incidências maiores de
doenças crônico degenerativas, como Alzheimer, aterosclerose, câncer e
diabetes, quando comparados com as populações de países mais quentes.
Essa diferença é significativa mesmo considerando outros fatores dietéticos e de estilo de vida, como alimentação básica, tabagismo, consumismo, meio ambiente, poluição, qualidade de serviços médicos, etc.
Essa diferença é significativa mesmo considerando outros fatores dietéticos e de estilo de vida, como alimentação básica, tabagismo, consumismo, meio ambiente, poluição, qualidade de serviços médicos, etc.
Temperos
sintéticos
Até há bem pouco tempo, as especiarias
desempenhavam um papel importante na culinária e na cura. Se alguém pegava uma
gripe, um chá de canela com gengibre e mel era a solução. Os deliciosos doces
caseiros sempre incluíam cravo ou canela. Nossas avós sempre mantinham um
canteiro com ervas frescas usadas para cozinhar. Salsa, cebolinha, coentro,
alecrim, hortelã, manjericão, erva doce, capim limão, pimentas de todo tipo. A
minha avó tinha até um pé de urucum e mantinha réstias de cebola e alho frescos, pendurados na sua cozinha.

Infelizmente, de uma geração para outra, esse
costume se perdeu e com ele o paladar das novas gerações para esse tipo de
alimento.
Como nós gostamos somente do que estamos acostumados, a saudável culinária caseira cedeu seu lugar aos alimentos industrializados, altamente processados, artificialmente coloridos e nutricionalmente pobres.
Como nós gostamos somente do que estamos acostumados, a saudável culinária caseira cedeu seu lugar aos alimentos industrializados, altamente processados, artificialmente coloridos e nutricionalmente pobres.
O sal e o açúcar, tornaram-se mais baratos e onipresentes
em todos alimentos processados. Desde muito jovem, nossos paladares se acostumaram
com esses altos conteúdos de sal e açúcar, o que inibe a apreciação de outros
sabores. Os usos extensivos de corantes baratos, com sabores artificiais pela
indústria, aumentaram drasticamente o gosto e o apelo visual dos alimentos.
Para piorar mais esse quadro, inventaram o sintético “quinto sabor”, que tem muitos nomes, mas o mais comum é glutamato monossódico e os edulcorantes, adoçantes artificiais que enganam o nosso cérebro, conhecidos por excitoxinas e que são precursores de muitas doenças crônico degenerativas que nos afligem.
Para piorar mais esse quadro, inventaram o sintético “quinto sabor”, que tem muitos nomes, mas o mais comum é glutamato monossódico e os edulcorantes, adoçantes artificiais que enganam o nosso cérebro, conhecidos por excitoxinas e que são precursores de muitas doenças crônico degenerativas que nos afligem.
Boa comida,
boa saúde

Felizmente agora, a ciência começou a entender o
quanto o consumo regular de ervas e especiarias são valiosos para nossa saúde e
bem estar.
Inúmeros estudos mostram que a canela possui efeitos antidiabéticos, o manjericão tem ação antiviral, a cúrcuma, potentes efeitos contra a doença de Alzheimer, o alecrim, ação cardio protetora e muitas outras ervas e especiarias possuem propriedades que promovem a saúde e previnem doenças.
Inúmeros estudos mostram que a canela possui efeitos antidiabéticos, o manjericão tem ação antiviral, a cúrcuma, potentes efeitos contra a doença de Alzheimer, o alecrim, ação cardio protetora e muitas outras ervas e especiarias possuem propriedades que promovem a saúde e previnem doenças.
Conforme mostra a história e as evidencias da ciência
atual, nós precisamos consumir uma variedade de ervas e especiarias diariamente,
para nos sentirmos melhor, para pensarmos melhor, para envelhecermos mais
devagar e para ajudar o nosso corpo a resistir aos ataques das doenças
cardiovasculares, câncer, diabetes, Alzheimer e outras doenças crônico degenerativas
que tem sido um dos atuais flagelos da humanidade.
Pensando no bem maior de todos, que é a saúde,
criamos a Cuesta Sabores. Oferecemos produtos saudáveis, visando a saúde o bem
estar das pessoas. Em especial, uma linha de temperos, inspirados nas
principais culinárias do mundo, totalmente naturais, sem adição de sal,
conservantes, corantes, glutamato monossódico ou qualquer química. Somente as
mais puras ervas e especiarias, combinadas sinergicamente para oferecer o
melhor que elas podem oferecer em termos de sabor, aroma, cor e nutrientes.
Visite nossa loja e confira! www.cuestagourmet.com.br.
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Tenha uma longa e saudável vida!
Ozana Herrera