
Deste a antiguidade até os dias de hoje, as plantas foram valorizadas pelo homem por suas propriedades nutricionais e medicinais.
A partir de 1897, quando o ácido
acetil salicílico sintético (aspirina) foi introduzindo no mundo e ao longo do
século XX, as plantas foram perdendo seu vínculo histórico com a saúde humana.
Nesse intervalo de tempo, mais atenção foi dispendida às moléculas sintéticas
do que aos produtos vegetais.
Felizmente, o homem percebeu o seu erro e atualmente estamos assistindo um retorno do seu uso na saúde humana, na forma de alimentos funcionais e suplementos dietéticos.
As “plantas culinárias”, que
incluem frutas, vegetais, ervas, especiarias, castanhas e nozes podem conter um
pequeno número de compostos primários produzidos pela fotossíntese e na
sequencia produzir diversos metabólitos secundários para protege-las contra uma
variedade de estresses ambientais.
Por
exemplo, em algumas espécies de plantas, substâncias como os glicosídeos, contidos
em seus componentes bioativos, fazem com que elas sejam desagradáveis ou não
palatáveis, reduzindo assim a atração e o consumo por animais.
Os
carotenóides, por exemplo, têm a capacidade de facilitar a dissipação do
excesso de energia absorvida como calor, em condições de intensa exposição
solar e desempenham um papel fundamental no processo de fotoproteção. Eles
também exercem funções importantes na coleta de luz, em condições de pouca
luminosidade.
A
inteligência de adaptação de inúmeras espécies de plantas é surpreendente. Elas
possuem a flexibilidade de alterar a composição dos carotenoides das folhas em
resposta ao ambiente de sombra, que tem alta demanda de coleta de luz ou de
locais totalmente expostos ao sol, com alta demanda por fotoproteção.
Muitas
dessas plantas, geralmente são classificadas como “adaptógenas”, termo que
caracteriza um produto natural com capacidade de aumentar a resistência do organismo
ao estresse.
Numa
definição mais ampla, fitoquímico é qualquer composto derivado de plantas.
Nesse contexto, usamos o termo para referirmos às substâncias químicas não-essenciais
e ativas de uma planta, que possuem propriedades dietéticas, protetoras ou
curativas. Também podem ser chamadas de nutracêuticos, pois reúnem propriedades
para nutrir e medicar ao mesmo tempo.
Plantas culinárias &
plantas medicinais
As ervas e especiarias são alimentos
consumidos diariamente, há milhares de anos, por bilhões de pessoas. Elas não são
drogas, mas também são usadas para prevenir e curar doenças. Geralmente há uma
diferença quando elas são usadas para temperar e para medicar.
Quando uma
planta culinária é usada como medicamento, geralmente são empregadas maiores
quantidades do que quando a mesma planta é usada para temperar. O alho é um bom exemplo disso.
Existem fitoquímicos no alho, que se consumidos excessivamente, são
pró-oxidantes e altamente cancerígenos.
Sinergia
Muitos dos efeitos
quimioprotetores dos fitoquímicos são reforçados pela presença de outros
fitoquímicos da mesma planta ou encontrados em outras ervas e especiarias.
O aumento da biodisponibilidade de
curcumina, o valioso fitoquímico medicinal encontrado na cúrcuma, pode ser potencializado
com os bioflavonóides presentes na pimenta preta, que trabalham sinergicamente ampliando
os benefícios.
Cada vez mais, essas interações sinérgicas
entre fitoquímicos tem sido reveladas. Por isso é benéfico e recomendado
consumir pequenas quantidades de uma variedade grande de ervas e especiarias
todos os dias. Pensamos nisso, quando elaboramos os nossos blends de temperos.
Por outro lado, a interação sinérgica
entre diferentes fitoquímicos tem implicações relacionadas à toxicidade do
produto final. Conhecendo a bioquímica dessas ervas e especiarias e estudando
as melhores interações e doseamento, nossos produtos foram desenhados para
incorporar seus ingredientes sinérgicos, em quantidades adequadas e seguras,
evitando que ocorram reações adversas ou efeitos colaterais ao consumi-los.
Fatores de risco
Em qualquer circunstância,
qualquer substância ingerida, até mesmo em quantidades normalmente consideradas
seguras, pode tornar-se um risco para a saúde. Os efeitos químicos de uma substancia
no corpo, pode causar reações alérgicas ou interações medicamentosas indesejáveis.
Minha mãe, por exemplo, não pode
comer espinafre cru ou cozido. Se consumir, mesmo em pequenas quantidades, é
acometida por horríveis desconfortos gastrointestinais, cólicas e outros
sintomas. Acredito que seu organismo reaja ao ácido oxálico presente no
espinafre, que interage com o ferro e o cálcio, impedindo que o corpo os absorva.
Por curiosidade, o ácido oxálico
é um anti-nutriente, cuja dose letal é de 1500mg. Logo, uma pessoa alérgica
pode morrer, consumindo muito menos que isso. Na Alemanha, as caixas de espinafre
vendidas nos supermercados têm uma “caveirinha”, um alerta de perigo. Se o
Popeye, do desenho animado, comesse todo aquele espinafre na vida real, estaria
mortinho.
Como cada organismo é um universo,
não podemos infelizmente, ter uma solução para tudo!
Mas podemos estudar, acompanhar o
avanço das pesquisas e ter a preocupação contínua de prevenir e minimizar todos
os riscos. As ervas e especiarias são
alimentos seguros, consumidos em todo o planeta, há milhares de anos. Na
literatura existem raros relatos de reações alérgicas.
Quando evitar o consumo
O consumo de alimentos
intensamente temperados, embora sejam altamente seguros, devem ser evitados nos
3 primeiros meses de gravidez. No período restante, todas as especiarias e
ervas devem ser consumidas com moderação. O consumo durante a lactação, pode
alterar o sabor do leite materno e em alguns casos causar cólicas ao lactante,
sugerimos que sejam evitadas.
Os alimentos de crianças menores
que 5 anos, devem ser levemente temperados e as quantidades progressivamente aumentadas,
na medida que envelhecem. Mas isso é cultural. Na Malásia, Indonésia, Singapura
e região, são encontrados no varejo, papinha de bebê com pimenta. E nesses
países, as quantidades de pimenta nos alimentos, não são para os fracos!
Bom senso, variedade e moderação
A melhor maneira de garantir a
obtenção dos melhores benefícios para saúde que as ervas e especiarias
oferecem, sem riscos de efeitos colaterais, é usar regularmente uma grande
variedade delas, em quantidades normais.
Se houver a preocupação de que
seu consumo possa representar algum risco para saúde, é importante consultar um
médico antes de consumir. Da mesma forma, se suspeitar de alguma reação adversa,
causada por algum tempero, ele deve ser removido da dieta e verificado se é
mesmo o responsável pela reação.
Em toda minha vida, conheci apenas
uma italiana que se dizia alérgica à manjerona, por ironia do destino.
Aproveite a miríade de benefícios
protetores que os fitoquímicos das ervas e especiarias podem oferecer e reduza
as chances de desenvolver algumas das mais perigosas doenças do mundo moderno,
incluindo câncer, doenças cardiovasculares, diabetes, Parkinson e Alzheimer.
Nós oferecemos misturas de especiarias,
elaboradas com os melhores ingredientes, alguns compostos por mais de 20 ingredientes
diferentes, com formulações que priorizam a sinergia entre seus fitoquímicos,
maximizando assim seus benefícios para a saúde e paladar.
Cada um dos nossos temperos, foram
cuidadosamente planejados. São receitas tradicionais inspiradas nas principais culinárias
do planeta. Eles agregam toda a sabedoria milenar, testada ao longo da história
de seus usos culinários.
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